Um clamor pela paz foi realizado, hoje, no Coliseu em Roma, o Encontro Internacional pela Paz: as Religiões e as Culturas em diálogo, teve a participação do Papa Leão XIV e líderes de outras religiões.
Reportagem de Danúbia Gleisser e Daniele Santos
O coliseu, símbolo da história e da arquitetura romana, palco da luta de gladiadores e onde muitos cristãos perderam a vida, é hoje o espaço de clamor pela paz.
No início do encontro, Leão disse que a humanidade precisa de operadores de paz. O patriarca de Alexandria e de toda a África, sua beatitude Teodoro II, falou do dom da paz dado por Jesus aos seus discípulos, dom hoje invocado para o mundo, ferido pela violência das armas, do pecado, da angústia, da dominação e do poder.
O patriarca afirmou a necessidade de buscar novos caminhos de diálogo, mesmo enquanto as nações se enfrentam e derramam sangue de inocentes sobre o altar do poder, da dominação e do egoísmo. “Nesta crise global, continuou o patriarca, Deus nos chama mais uma vez, se torna nosso amigo, companheiro de viagem, protetor e está ao lado das vítimas de todas as guerras”, finalizou.
Após a reflexão, os países em guerra foram citados e em seguida a oração universal ecoou no coliseu. Padre, do lado de fora do coliseu, entre cumprimentos, Leão XIV escutou o testemunho do médico Malali, de 31 anos. “Venho de uma terra onde a paz fluía como grande Nilo. Contou Merza, história e bondade e está dilacerado por uma guerra esquecida”.
O Papa Leão lembrou que os conflitos estão presentes onde quer que haja vida, mas a guerra não ajuda a resolvê-los. “O mundo tem sede de paz”, disse o Santo Padre, “e precisa da reconciliação que ponha fim à opressão, a demonstração de força e a indiferença à justiça”, continuou. “Basta de guerras e dos dolorosos amontoados de morte, destruição e exílio”, clamou. “Juntos demonstramos que a oração é a grande força de reconciliação”. Para Leão, a oração é um movimento do espírito, uma abertura do coração. Não palavras gritadas, nem slogans religiosos usados contra as criaturas de Deus, mas sim a fé que a oração muda a história dos povos. Disse ainda que os lugares de oração devem ser tendas do encontro, santuários de reconciliação, oásis de paz.
“A guerra nunca é santa, só a paz é santa”, afirmou o Papa. “Com a força da oração, disse o Pontífice, com as mãos nuas erguidas ao céu e abertas aos outros, devemos garantir que este período da história termine logo e uma nova história comece”, concluiu, dizendo que acabar com a guerra é o dever urgente de todos os líderes políticos diante de Deus”.




