Começou nesta terça-feira, 1, o encontro do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Até quinta-feira, representantes das comissões e dos regionais da CNBB vão debater as ações da igreja no país.
Reportagem de Francisco Coelho e Ersomar Ribeiro
O encontro reúne os representantes das 19 regionais da CNBB e os presidentes das comissões episcopais da conferência. A abertura foi conduzida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro.
Mais do que debater temas administrativos e ação evangelizadora da Igreja no Brasil, a reunião do Conselho Permanente é oportunidade de partilha. A união das mais diferentes realidades da Igreja no Brasil tem objetivo comum: levar o evangelho aos mais distantes lugares do país.
O primeiro vice-presidente CNBB, Dom João Justino de Medeiros, comentou a dinâmica da reunião. “Nós dedicamos boa parte da reunião a escutar cada presidente trazendo a realidade do seu regional. Isso nos faz ter uma visão bastante ampla, panorâmica, global sobre a ação evangelizadora da Igreja no Brasil. Emergem aí coisas muito bonitas que estão acontecendo nas dioceses, nos regionais, também os desafios e sobretudo esse sentido de ‘somos uma Igreja’”.
Entre os assuntos debatidos também estiveram os avanços da Assembleia Geral do Celam (Conselho Episcopal Latinoamericano), as diretrizes gerais da ação evangelizadora, o Congresso Eucarístico Nacional e a campanha da Fraternidade de 2026, que terá como tema fraternidade e moradia.
“Nós estamos preparando a campanha da fraternidade de 2026, que eu insisto, é uma campanha da fraternidade, em favor da fraternidade, olhando para aquele que não tem moradia como nosso irmão”, completou ele.
Os bispos também apresentaram um documento com a visão da Igreja Católica do Sul Global sobre a Conferência do clima, a COP 30, que será realizada no Brasil. O texto foi entregue ao Papa Leão XIV pelo presidente da CNBB, Cardeal Jaime Spengler.
Da Comissão para Ecologia Integral da CNBB, Dom Vicente de Paula Ferreira concluiu. “Não basta só a gente falar da ecologia integral, defender. É preciso saber de que lado nós estamos no sentido da perspectiva, da narrativa no discurso. É aquilo que eu disse antes, infelizmente há contradições que colocam a palavra sustentável, verde, em projetos que são altamente destrutivos para o meio ambiente”.