Após o referendo para que a Constituição chilena fosse modificada, vertentes católicas se unem para contribuir na confecção do vindouro documento
Da redação, com Agência Fides
Após o referendo nacional de 25 de outubro, em que venceu a proposta de modificação da Constituição, realiza-se o V Congresso Social com o tema “Juntos para uma renovada convivência nacional”.
A Pontifícia Universidade Católica do Chile, com a colaboração do Centro de Políticas Públicas da UC e da Arquidiocese de Santiago, convidou vários representantes dos setores público, social e privado do país para enfrentar os desafios da sociedade chilena no curto, médio e longo prazo e que desejam contribuir para o desenvolvimento de uma renovada convivência nacional à luz da doutrina social da Igreja.
O Congresso, realizado em caráter virtual, teve início na terça-feira, 3, e terá fim nesta quarta-feira, 4. Foi dividido em quatro mesas e contou a com a participação de diversos representantes.
De acordo com um comunicado oficial emitido, o debate sobre o tema “Diálogos que geram encontros” pretende abordar a contribuição dos diversos componentes para a construção do bem comum. Na discussão acerca do “enfrentamento da cultura do desperdício”, deve-se promover o valor intrínseco da sociedade para a superação deste problema.
“A pessoa no centro do desenvolvimento” é o lema do painel de discussão sobre o desenvolvimento integral para todos no contexto atual. O debate sobre “Instituições renovadas sob o signo do serviço” centra-se no papel das instituições nas relações sociais, analisando a situação atual e questionando como se pode restaurar a confiança nas instituições.
O Comissário para a Educação da Arquidiocese de Santiago, padre Andrés Moro, destaca que uma convivência nacional renovada requer “respeito, justiça, solidariedade, empatia e sobretudo carinho e apreço de cada pessoa como ser humano que foi criado com sua dignidade à imagem de Deus, razão pela qual somos todos irmãos e irmãs”.
“Para construir a nossa sociedade na qual a pessoa está no centro do desenvolvimento, precisamos promover a solidariedade intrageracional e intergeracional. E claro que isso tem a ver com o Estado, que é responsável por isso como instituição pública, mas isso também acontece principalmente por meio da família, por meio das redes familiares ”, destacou o sociólogo Eugenio Tironi.