O cardeal refletiu sobre o impacto de sua visita apostólica do Papa Francisco ao Reino do Bahrein, tanto na afirmação dos católicos na região quanto na promoção do diálogo inter-religioso
Da redação, com Vatican News
Cardeal Tagle / Foto: Alan Holdren – CNA
O cardeal Luis Antonio Tagle fez parte da equipe que acompanhou o Papa Francisco em seus quatro dias de viagem apostólica ao Bahrein. Enquanto a visita chegava ao fim, ressaltou os pontos altos nestes dias e falou sobre a profunda importância pastoral e o significado espiritual disso.
“É uma peregrinação de paz e um apelo a todos os povos de religiões, religiões, culturas e nacionalidades diferentes para redescobrir nossa humanidade comum”, disse.
Conversando com Devin Watkins enquanto um dos principais eventos papais findava entre aplausos e emoção dos fiéis que participavam, o Cardeal Tagle explicou que se trata de uma “peregrinação, porque ele [Papa Francisco] relatou cada item sobre o qual falou a Deus, pois é apenas aos olhos de Deus, por assim dizer, que descobriremos que todos viemos de uma fonte e que estamos inter-relacionados”.
Claro, acrescentou, há muito simbolismo nesses eventos, bem como conotações culturais e políticas: “Mas, no final, foi realmente um chamado à oração e adoração ao único Deus”, classificou.
Diálogo inter-religioso e fé católica
Os dois principais aspectos da viagem se referiam ao diálogo inter-religioso e à afirmação de sua fé para os católicos minoritários da região do Golfo.
O cardeal destacou que, mesmo em seu foco nos cristãos, o Papa lançou uma luz no ecumenismo e a necessidade de superar as divisões, bem como o fato de que as instituições da Igreja Católica aqui estão abertas aos não-cristãos. Assim, Francisco encoraja os católicos a fornecer um lar em nossas escolas e hospitais e em “qualquer serviço” para todas as pessoas.
Tagle observou ainda que esta região do Golfo “é um território realmente missionário” onde sacerdores, religiosos e religiosas podem colocar em prática seu ministério pastoral. No entanto, disse ele, “nossos maiores missionários aqui são os leigos que vieram aqui para encontrar emprego, mas encontraram uma missão aqui e estão indo muito bem nisso”.
Um grande impulso
Sobre o legado e o impacto da visita para os católicos no Bahrein, o cardeal Tagle disse que foi “um grande incentivo, um grande impulso”. “Tenho ouvido até de leigos que trabalham aqui, eles dizem que se sentiram afirmados” em sua presença, em seus relacionamentos, em seu trabalho”, disse. “Acho que haverá muitos efeitos invisíveis desta visita, mas as pessoas que vivem e trabalham aqui testemunharão essa mudança”, finalizou.
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