Ao encerrar ano jubilar dedicado à carmelita na França, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos recordou confiança da jovem francesa em Deus
Da Redação, com Vatican News
Neste domingo, 7, o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, presidiu a Missa de encerramento do ano jubilar dedicado a Santa Teresinha do Menino Jesus em Lisieux, na França. Em 2023, completaram-se 150 anos de seu nascimento e 100 anos da beatificação da jovem francesa.
Retomando a liturgia da Solenidade da Epifania do Senhor, celebrada na França no sábado, 6, o religioso iniciou sua homilia falando sobre os três Reis Magos. Eles “vieram dos confins da terra para adorar o recém-nascido Rei dos Judeus e, abrindo seus cofres, ofereceram-lhe seus dons místicos”, afirmou Semeraro, completando que “os discípulos, ao contrário, serão enviados às fronteiras do mundo para levar a todos o dom da vida nova e a proclamação de um Deus próximo”.
Na sequência, ele indicou que Santa Teresinha, ao passar a vida tentando aproximar-se de Jesus, se envolveu em uma missão cada vez mais ampla, até os confins da terra. O cardeal também apontou para a atração da carmelita pelas estrelas, que certa vez, ao observá-las quando criança, pareceu vislumbrar um grupo de “pérolas douradas” em forma de T e deduziu que seu nome estava escrito no céu.
Confiança no amor de Deus
Nesta “declaração de Jesus” que Teresa aplicou a si própria, pontuou Semeraro, está “a raiz da alegria e da confiança cristã”. “Deus, de fato, nos amou a ponto de escrever o nome de cada um de nós no livro da vida”, declarou, indicando que o amor do Pai por sua filha a acompanhou por toda a sua jornada espiritual, que amadureceu ao longo dos anos.
Referindo-se à exortação apostólica publicada pelo Papa Francisco sobre Santa Teresinha, o cardeal declarou que “a transformação operada nela permitiu-lhe passar de um fervoroso desejo do Céu para um constante e ardente desejo do bem de todos, culminando no sonho de continuar no Céu a sua missão de amar Jesus e de O fazer amar”.
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O religioso seguiu enfatizando o desejo da carmelita pelo amor que está no coração de Jesus e pela salvação das almas. Apesar de estar celebrando o encerramento de um ano jubilar, ele frisou que em breve se iniciará outro Jubileu, o de 2025, e que “podemos certamente voltar a meditar sobre nossa Teresa, que foi uma mulher de esperança”.
“A contribuição mais óbvia e original de Teresa diz respeito à esperança, com novos horizontes e novas perspectivas”, disse Semeraro, citando as palavras do teólogo francês Padre François-Marie Léthel. Esta também é “sua mensagem mais oportuna em um momento de grande sofrimento para a Igreja e para toda a humanidade”: uma mensagem de esperança para todos, concluiu o cardeal.