O relator geral do Sínodo, cardeal Jean-Claude Hollerich, apresenta a terceira parte do Instrumentum laboris, ‘Lugares’, enquanto os participantes iniciam sua reflexão sobre o módulo final da Assembleia Geral
Da redação, com Vatican News
A Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos entra em sua terceira semana e o cardeal encorajou os participantes a não se entregarem à fadiga. A introdução do relator geral ao quarto módulo — na terceira e na parte final do Instrumentum laboris — enfatizou a necessidade de engajar o trabalho “com a mesma decisão e energia” que têm caracterizado a Assembleia até o momento.
Uma Igreja enraizada em lugares e culturas
Dom Hollerich observou que este módulo é focado em “Lugares”, com a ideia fundamental de que “a Igreja não pode ser entendida sem estar enraizada em um lugar e uma cultura (IL, 80).
Explicando cuidadosamente cada seção desta parte do IL, o cardeal observou que agora, mais do que no passado, a ideia de lugar “tem muito menos conotação espacial e geográfica do que no passado, principalmente devido ao globalismo e à nova realidade digital. O religioso pediu aos participantes do sínodo que considerassem o que isso significa para a missão da Igreja e como deveríamos “repensar” as formas organizacionais da Igreja.
Os parágrafos seguintes, disse Dom Hollerich, tratam das relações estabelecidas entre lugares e culturas, e especialmente entre as várias Igrejas locais, incluindo as Igrejas Católicas Orientais. Dentro da Igreja, essas relações têm o caráter de uma troca mútua de dons. Também observou as relações que existem entre as igrejas locais e a Igreja Universal, e dentro de cada igreja local.
O serviço do Papa
Finalmente, acrescentou o cardeal, este módulo final está definido para considerar “o serviço de unidade do Bispo de Roma”. Dom Hollerich disse que interpreta o Papa Francisco como um convite aos participantes do Sínodo para abordar esta troca no espírito de “parrhesia”, ou franqueza, com vistas a oferecer conselhos sobre como tornar o serviço do Papa e da Cúria Romana “mais eficaz hoje”. “O Papa tem direito ao que realmente pensamos, começando com a vida e as necessidades do Povo de Deus nos lugares de onde viemos”, disse.
A experiência dos participantes do Sínodo
Embora os tópicos deste módulo possam parecer técnicos ou de interesse apenas para os iniciados, o Cardeal disse que esperava que os fóruns teológicos-pastorais abertos a todos possam ajudar a dissipar essa impressão.
Em conclusão, o Cardeal Hollerich expressou sua opinião de que este módulo, como aqueles que vieram antes, envolve “as experiências vividas” dos participantes da Assembleia Geral. “Parece-me”, disse ele, “que esta é a perspectiva mais correta na qual nos colocar para enfrentar o trabalho que temos pela frente”.
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