Prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral parte para Beirute a partir de quinta-feira, 19, e visa incentivar projetos da igreja local
Da Redação, com Vatican News
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Foto: Jessica Wilson by Unsplash
A partir desta quarta-feira, 19, o prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Michael Czerny, fará uma viagem a Beirute, no Líbano, que se estenderá até o próximo domingo, 23.
Esta é considerada a viagem mais exigente que o cardeal já fez não só por causa da agenda lotada, como as reuniões com a Assembleia Plenária dos Patriarcas e Bispos Católicos do Líbano (APECL) e com o Grande Mufti (o primeiro cardeal a ter um colóquio com a mais alta autoridade legal islâmica do país), mas também pelo impacto emocional de ver de perto uma população desgastada pela crise econômica.
Na Terra dos Cedros, o cardeal jesuíta realizará um momento de oração no Porto de Beirute em memória da dramática explosão de 4 de agosto de 2020, que causou milhares de mortos e feridos. Em seguida, entre outros compromissos planejados, ele se encontrará com jovens que participam de uma formação para a paz, visitará uma escola que acolhe crianças de diferentes denominações e viajará para Al Manhaj, conhecida como “a favela do Mediterrâneo” por seu índice extremamente alto de pobreza e dependência de drogas.
Cardeal Czerny explica o significado da viagem, salientando que partirá com um pensamento no coração para o Papa, que está internado no Hospital Gemelli de Roma. “Confiamos a ele e à sua recuperação a Nossa Senhora do Líbano”, frisa.
Objetivo da viagem
De acordo com Dom Czerny, a viagem é um convite do Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Bechara Boutros Raï. “O convite foi feito em novembro do ano passado, mas não foi possível ir. Agora estou feliz por ir e dar testemunho do trabalho realizado pela Igreja local, especialmente depois da guerra que forçou um milhão de pessoas a serem deslocadas por três meses do sul do país”, comenta.
Czerny destaca a mensagem do Papa Francisco para o povo libanês. “O Santo Padre se lembra, reza e envia seu afeto ao Líbano. Essa é a principal mensagem que estou muito feliz em levar ao país”, pontua.
Além disso, o cardeal relata que traz em si a esperança de que o Líbano possa seguir em frente. “Encontrar soluções não é fácil, devemos nos esforçar para fazer isso juntos. É isso que gera esperança genuína, esperança cristã, fé na ressurreição e na vida que Cristo nos trouxe”, concluiu.