Missa

Cardeal: cuidar dos enfermos é ser um sinal da misericórdia de Deus

Dom Turkson celebrou a Missa na Basílica Vaticana por ocasião do XXX Dia Mundial dos Enfermos

Da redação, com Vatican News

Cardeal Peter Turkson, Prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano / Foto: REUTERS – Stefano Rellandini

A celebração na Basílica de São Pedro da Missa no 30º Dia Mundial dos Enfermos foi presidida este ano pelo cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson com o tema “Sede misericordiosos, como vosso Pai é misericordioso”.

Este Dia é celebrado no dia em que se recorda a aparição de Nossa Senhora em Lourdes. A Virgem, disse o cardeal em sua homilia, deu ao mundo um “sinal da misericórdia de Deus que acompanha a humanidade sofredora em seu caminho pela vida”.

Consolo é oferecer a própria presença a quem sofrem

Deixar-se atrair e guiar pela lógica da misericórdia de Deus – observou o purpurado – “significa voltar ao coração da escolha cristã”. Ao experimentar a misericórdia do Senhor, aprende-se a ter piedade. O cardeal ganense referiu-se à primeira leitura do Livro do profeta Isaías, onde o consolo de Deus é como o de uma mãe: “Como uma mãe consola seu filho, assim vos consolarei”.

Dom Turkson explicou que consolação e consolar significam “encorajar, exortar, trazer alegria”. “O consolo – continua ele – é um serviço prestado às pessoas, no qual o consolador oferece o dom de sua própria presença àqueles que naquele momento estão experimentando uma situação de fragilidade”, acolhendo em si seus sentimentos. E o faz inspirando-se e haurindo força do Deus que sempre na história se fez próximo da humanidade, tornando-se assim também uma testemunha “das obras de Deus realizadas na vida dos seus”.

O testemunho do amor recebido

O tema do testemunho do amor de Deus recebido, que faz os outros esperarem receber o mesmo, nos traz de volta à passagem evangélica deste dia que narra o encontro entre Maria e sua prima Isabel, após o anúncio do anjo Gabriel. O anjo também havia anunciado à Virgem a concepção de Isabel “como uma prova e testemunho do poder de Deus”, já em ação em Maria.

A visita a Isabel expressa a caridade de Maria para com sua parente idosa, mas é também uma confirmação para Maria das palavras do anjo. “Isabel foi, portanto, uma testemunha para Maria” – afirmou o cardeal Turkson: “o que Deus fez por Isabel, Ele agora o faz por Maria, e Maria louva o Senhor em seu canto do Magnificat”.

As mãos dos agentes da saúde, sinal da misericórdia de Deus

De geração em geração se estende a misericórdia de Deus, recordou o purpurado, e nós a celebramos esta manhã, como em toda parte quando pastores e fiéis “invocam o nome do Senhor para ungir os enfermos”. Assim, em hospitais, em lares para idosos, nos albergues e em todos os lugares onde as pessoas mais frágeis são assistidas.

Nestes lugares, ser misericordiosos “adquire um significado particular para todos os trabalhadores da saúde”, a quem o Papa Francisco presta tanta atenção e a quem lembra: “Vossas mãos que tocam a carne sofredora de Cristo podem ser um sinal das mãos misericordiosas do Pai”. A misericórdia é um bálsamo de vida, disse o cardeal, e graças ao Espírito Santo podemos nos tornar “bálsamos de vida para os outros”. E concluiu convidando-nos a olhar novamente para Lourdes “onde na cura de enfermidades e doenças corporais Nossa Senhora permite aos homens pregustar a salvação que seu Filho concede”.

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