Morre o cardeal Barragán, uma vida dedicada aos doentes na Pastoral da Saúde
Da Redação, com Vatican News
O arcebispo emérito de Zacatecas, cardeal Javier Lozano Barragán, faleceu nesta quarta-feira, 20 de abril, em Roma. Ele tinha 89 anos de idade. Com sua morte, o Colégio Cardinalício fica agora composto por 210 cardeais, dos quais 117 são eleitores e 93 são não-eleitores.
O ministério no México
O cardeal nasceu em 26 de janeiro de 1933 em Toluca, México. Estudou no seminário diocesano de Zamora e foi ordenado sacerdote em 30 de outubro de 1955.
Após seus anos de especialização na Universidade Gregoriana em Roma, culminandos com o mestrado e doutorado em Teologia Dogmática, retornou para o México e nos anos 70 tornou-se presidente da Sociedade Teológica Mexicana e, sucessivamente, do Instituto Teológico Pastoral do Celam.
Serviço na Cúria Romana
Durante esse período, seus compromissos a serviço da Santa Sé se intensificaram. Em 1988 tornou-se membro do Pontifício Conselho para o Diálogo com os Não Crentes, que mais tarde se tornou o Pontifício Conselho para a Cultura.
Em 1989 tornou-se membro da Congregação para a Evangelização dos Povos e em 1997 tornou-se conselheiro da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), até o ano 2000 quando se tornou membro da Congregação para os Bispos.
Em 1996 João Paulo II o nomeou presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, cargo para o qual foi nomeado arcebispo.
O Papa Wojtyla o criou cardeal no consistório de 21 de outubro de 2003 e em abril de 2005 participou do conclave que elegeu Bento XVI. Cessou o serviço ativo em 2009, quando o purpurado se tornou presidente emérito do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde.
Aniversário dos 40 anos de episcopado
Alguns anos atrás, em agosto de 2019, o cardeal Lozano Barragán celebrou no México seus 40 anos de ministério episcopal, na companhia de amigos e familiares. Na ocasião presidiu uma missa no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe da Diocese de Zamora, no Estado de Michoacán, de onde ele era originário.
Refletindo sobre os anos passados e as etapas que os haviam marcado, ele resumiu tudo no final de seu discurso com a palavra presente.
“Tudo foi um presente,a ponto de eu não ter mais nada de que me vangloriar. E agora eu o concedo. Há nove anos eu venho tentando dar tudo o que o Senhor me deu antes”, disse o cardeal.