PALESTINA

Bispos da Terra Santa saúdam trégua entre Israel e Gaza

Ordinários católicos da região do Oriente Médio saúdam o anúncio do cessar-fogo na Faixa e fazem um apelo à comunidade internacional para uma paz duradoura

Da redação, com Vatican News

Manifestantes em Israel recordaram o início da guerra entre Israel e Palestina, em outubro passado / Foto: Reprodução Reuters

“Serenidade e alívio” após um inferno de 467 dias com mais de 46 mil mortes e a esperança de que “este cessar-fogo marcará significativamente o fim da violência”. Mas também a consciência de que “o fim da guerra não significa o fim do conflito” e que a paz nunca será uma realidade se não forem enfrentadas pela raiz, de modo sério e credível, as questões profundas” que estão na origem do conflito.

Os bispos católicos da Terra Santa expressam em uma declaração comum o “favor” com que acolheram a notícia do cessar-fogo em Gaza, que visa “pôr fim às hostilidades” e também ao “retorno dos reféns israelenses e à libertação de prisioneiros palestinos”.

Uma nova vontade de paz

No entanto, afirmam claramente que “a paz autêntica e duradoura só poderá ser alcançada por meio de uma solução justa que aborde as causas profundas deste conflito prolongado”.

Para os Ordinários da Terra Santa, trata-se de dar vida a “um longo processo” no qual se manifeste a “vontade de reconhecer reciprocamente o sofrimento do outro” e se promova “uma educação orientada à confiança que leve à superação do medo do outro e da justificação da violência como instrumento político”.

Reconstruir a vida

A esperança que acompanha a trégua é que ela represente “o primeiro passo de um caminho que promova a cura e a unidade entre todos os que vivem na Terra Santa”, que seja de conforto e ajuda à população da Faixa a “reconstruir a própria vida” e olhar para o futuro com esperança.”

Os bispos acrescentaram que aguardam “com impaciência” o regresso dos peregrinos aos Lugares Santos, destinados “a serem lugares de oração e de paz” e, “apesar da dor que sofremos”, dizem olhar para o futuro “com esperança inabalável”. Esperança que é a palavra-chave do Jubileu e, acrescentam os prelados, “neste acontecimento um sinal que nos recorda a fidelidade de Deus”.

Visão política “clara e justa”

A declaração conclui com um apelo aos líderes políticos e à comunidade internacional para que seja desenvolvida “uma visão política clara e justa para o período do pós-guerra”, uma vez que um futuro construído na “dignidade, segurança e liberdade para todos os povos é um pré-requisito para uma verdadeira e paz duradoura”.

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