PEDIDO DE PAZ

Bispos da Bielorrússia expressam solidariedade com a Ucrânia

A Conferência Episcopal Católica da Bielorrússia pede a cessação imediata das hostilidades na Ucrânia e clama que a Bielorrússia não se envolva mais na invasão russa do país vizinho

Da redação, com Vatican News

Milhares de pessoas fogem da invasão russa e lotam estação ferroviária na cidade ocidental de Lviv / Foto: Reprodução Reuters

A Igreja Católica da Bielorrússia se solidariza com a Ucrânia enquanto clama para que a Bielorrússia não participe ativamente da agressão da Rússia contra seu vizinho.

O presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, é um aliado próximo de Vladimir Putin e, desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, as tropas russas na Bielorrússia foram autorizadas a entrar na Ucrânia por guardas de fronteira bielorrussos. Os sistemas de defesa aérea e controle de tráfego da Bielorrússia, juntamente com os postos de abastecimento do país, também foram disponibilizados para Moscou.

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Em um comunicado divulgado em 3 de março, os bispos da Bielorrússia expressaram seu total apoio aos apelos contínuos do Papa Francisco e da Santa Sé pela paz e às tentativas de negociações que ocorrem na Bielorrússia para encerrar as hostilidades e encontrar formas de reconciliação.

“Mas para que as partes se escutem, as armas devem ser silenciadas”, disseram.

Uma primeira rodada de negociações começou em 2 de março, seguida por uma segunda reunião no dia seguinte, e uma terceira rodada está prevista para o fim de semana.

Os bispos expressaram a profunda preocupação de toda a Igreja bielorrussa pela guerra que causa a perda de tantas vidas, a destruição maciça de cidades, assentamentos e infraestruturas e centenas de milhares de refugiados.

“A guerra é um crime contra Deus e contra o homem que merece uma condenação decisiva e imediata”

Os bispos também estão preocupados com a “guerra de informação” paralela em curso, que, segundo eles, “não é menos prejudicial e causa ódio entre povos e nações”. Insistem veementemente que “todo o possível deve ser feito para encontrar uma solução pacífica para o conflito”, enquanto pedem às autoridades bielorrussas que não envolvam ativamente o país.

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