Reunião entre Estados Unidos e Rússia sobre controle de armas nucleares acontece nesta segunda-feira, 22; Em declaração, bispos americanos e europeus pedem por desarmamento
Da redação, com Vatican News
Nesta segunda-feira, 22, realiza-se em Viena, Áustria, uma reunião de alto nível entre Estados Unidos e a Rússia sobre a questão do controle de armas nucleares e sobre o Novo Tratado “Start”, assinado pelos dois países em 8 de abril de 2010, focado precisamente na redução de armas nucleares.
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Em vista do encontro, os bispos dos Estados Unidos e da União Europeia divulgaram uma declaração conjunta, assinada pelo arcebispo David J. Malloy, presidente do Comitê episcopal dos Estados Unidos sobre justiça internacional e paz, e pelo arcebispo Rimantas Norvila, presidente da Comissão para as Relações Externas da Comece (Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia).
Ao convidar todos os católicos e crentes a “rezar por um diálogo frutífero que faça progredir o necessário controle dos armamentos, assim como o desarmamento, promovendo um mundo mais pacífico e justo”, os prelados recordam que “se o Novo Tratado Start expirar em fevereiro de 2021 , os Estados Unidos e a Rússia não terão, pela primeira vez desde 1972, limites juridicamente vinculantes e verificáveis para seus arsenais nucleares estratégicos, o que também poderá ter implicações significativas para a segurança europeia e a paz global”.
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Embora “o horror de uma potencial guerra nuclear” pareça ser distante desde o final da guerra fria, a declaração conjunta adverte que “os recentes desdobramentos geopolíticos nos recordam que nosso mundo permanece em grave perigo”. Ao final, os bispos fazem votos de que o encontro possa ser “caracterizado pela sabedoria, pela construção da confiança e cooperação para tornar o controle de armas e o desarmamento nuclear uma prioridade máxima”.
Por fim, os prelados recordam o chamado do Papa Francisco em Nagasaki, durante sua Viagem Apostólica ao Japão, em novembro de 2019: “Oxalá a oração, a busca incansável de promover acordos, a insistência no diálogo sejam as «armas» em que deponhamos a nossa confiança e também a fonte de inspiração dos esforços para construir um mundo de justiça e solidariedade que forneça reais garantias para a paz.”