OBRAS DE MISERICÓRDIA

Arquidiocese de Belo Horizonte realiza missão em penitenciária

Ações que levam as pessoas a amar como Jesus amou. Assim são as obras de misericórdia espirituais e temporais. Uma delas é visitar aqueles que estão presos. Hoje, a terça-feira foi diferente para detentos do Centro de remanejamento provisório de Betim, região de metropolitana de Belo Horizonte.

Reportagem de Monizy Amorim e Daniel Camargo

Visitar e prestar assistência religiosa semanal às pessoas privadas de liberdade do Centro de remanejamento provisório de Betim, faz parte da missão da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte. Hoje a equipe contou com a presença de Dom Nivaldo dos Santos Ferreira, que presidiu uma missa para os detentos.

A celebração é uma resposta ao pedido do Papa Francisco para que durante o Ano Jubilar os fiéis possam ir ao encontro daqueles que mais precisam, sendo sinais de esperança. ” ‘Estive preso e fostes me visitar’, então vir ao presídio, ir a um lugar de vulnerabilidade, não é para dizer que temos um coração bom, que somos capazes, que somos excepcionais, nada disso. Isto é para dizer que nós temos que encontrar a Cristo e ele não se encontra especialmente em outro lugar, a não ser ali, no rosto de cada pessoa, no rosto da pessoa que mais precisa. Se o mundo inteiro não olha mais para um preso, e nós não olhamos mesmo, porque nós o descartamos, Jesus não deixa de olhar”, declarou o bispo auxiliar de Belo Horizonte, Dom Nivaldo dos Santos Ferreira.

Esperança que muitas vezes nasce de um gesto simples, como a escuta. “Visitamos sempre, a questão é estar presente, ouvi-los principalmente, estar atento às suas necessidades, suas dores, e poder junto deles sentir e fazer alguma coisa”, disse o coordenador da Pastoral Carcerária de Betim, Diácono Oscar de Castro Esteves.

Durante a celebração, olhos atentos ao altar e um convite à experiência dos apóstolos na Quinta-feira Santa: se reconhecerem amigos do Senhor e servos de todos. União que é ainda um chamado à mesa da Eucaristia. E como forma de gratidão, a cruz carcerária foi oferecida à Arquidiocese de Belo Horizonte. ” Por ser um ano jubilar, nada mais importante que uma cruz carcerária, feita pelos próprios detentos para agraciar o bispo. Quando as pastorais fazem esse tipo de serviço, traz uma tranquilidade para dentro das unidades prisionais, atenta ao preso a elevar a sua espiritualidade, a ele pensar diferente, pensar em suas coisas religiosas e começa a agir diferente dentro do ambiente carcerário”, apontou o diretor-geral Ceresp Betim, Maicon Ribeiro.

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