Na celebração solene, na Basílica de Aparecida, o arcebispo Dom Orlando Brandes, lembrou a intercessão de Maria, a Rainha do Brasil
Da Redação
A Igreja no Brasil celebra neste sábado, 12, o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país. No Santuário Nacional, a missa solene que marca a festa foi presidida pelo arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e contou com a participação de cerca de 40 mil fiéis
Nesta celebração, a imagem da Padroeira foi ornamentada com um manto especialmente bordado para a ocasião, recordando a peça usada na cerimônia de Coroação em 1904, portanto, usada há 115 anos. Na procissão de entrada, Nossa Senhora foi homenageada com uma coreografia especial.
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Neste ano, os romeiros foram animados pelo tema “Com Maria, escolhidos e enviados em missão”, título que conduziu as reflexões da Novena e festividades.
No início da celebração, arcebispo saudou aos concelebrantes, autoridades civis e militares, assim como toda a multidão de romeiros presentes na Basílica.
Na homilia, Dom Orlando, a partir da liturgia, falou sobre a figura da Rainha Ester, pobre e órfã que tornou-se rainha e pediu a vida de seu povo. Assim a Virgem Santíssima, a pequena serva do Senhor é nossa rainha, a rainha do Brasil. “E nós aqui com a Rainha do Brasil pedimos a vida do povo ! Não há pedido maior do que o coração de mãe pedir vida plena a todos. Por isso hoje é festa da vida para todos (…) Sois a nossa vida, nossa doçura, nossa esperança”, declarou o arcebispo.
Dom Orlando destacou que ela quer a vida de toda humanidade, pois foi dada como mãe a todos. E neste sentido, destacou pontos vitais que precisam de cuidado, como a vida ecológica, casa comum que deve ser protegida e citou o Sínodo da Amazônia que se dedica às necessidades da população local.
O arcebispo lembrou também a proteção à vida intrauterina e aqueles que defendem a vida, principalmente as mulheres grávidas. “É a festa da vida, mas ela não esta sendo protegida. O dragão, o mal não quer a vida. O demônio atenta contra a vida”, alertou o celebrante.
Dom Orlando Brandes falou ainda sobre a vida cristã, vida de fé que todos somos chamados a ter pela intercessão de Maria. E assim por Maria, conquistar a coroa da vida eterna. Coroa, que segundo arcebispo, conquistaremos se dermos a “vida aos mais necessitados, aos que têm fome.”
Ao falar da leitura de Apocalipse que narra a figura do dragão, o arcebispo falou sobre os “dragões” presentes na sociedade de hoje, como o “dragão da corrupção”, que causa a pobreza, a violência, a falta de emprego. “Nós viemos ao Santuário para clamar por essas vidas a Jesus Ressuscitado e a Rainha dos céus.” Ele falou ainda do “dragão do tradicionalismo”, de uma “extrema direita” que tem criticado o Papa, o Sínodo para a Amazônia, enfatizando que tudo é realizado pela vida do povo.
Por fim, destacou o “mandamento” de Maria no Evangelho que narra o milagre das bodas de Caná. “Fazei tudo o que ele vos disser! É um mandamento de Maria! É obediência ao evangelho antes de tudo”, ressaltou. Caná da Galileia, acrescentou o celebrante, nos ajuda a sermos missionários, pois mostra uma mãe que saiu de casa para servir, para levar a Cristo.
Ao final da celebração, foi realizada a tradicional consagração à Nossa Senhora, um dos momentos mais aguardados pelo peregrinos, que entoaram também o canto pedindo a bênção da Mãe Aparecida.
O Santuário de Aparecida deve receber, neste sábado, cerca de 170 mil romeiros. Ao longo do dia, serão celebradas seis missas no altar central da Basílica, além da consagração Solene às 18h.