George e Cynthia, das Filipinas, contaram sua trajetória matrimonial e as experiências que têm no movimento “Casais para Cristo”
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Padres sinodais acompanham segundo dia de trabalhos do Sínodo / Foto: Reprodução CTV
Seguem os trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre família nesta terça-feira, 7. Na 3ª Congregação Geral, com a presença do Papa Francisco, os temas em discussão foram “o Evangelho da família e a lei natural” e “a família e a vocação da pessoa em Cristo”. O presidente delegado da sessão foi o Cardeal Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, nas Filipinas, que introduziu o testemunho do casal George e Cynthia Campos, das Filipinas.
Acesse
.: Todas as notícias sobre o Sínodo da Família
George realiza trabalhos pastorais em tempo integral; ele é presidente e diretor executivo do “Casais para Cristo” (CFC). Sua esposa, Cynthia, é missionária voluntária no mesmo movimento.
O “Casais para Cristo” é um movimento internacional eclesial de leigos católicos cujo objetivo é renovar e fortalecer a vida e os valores da família cristã. A organização tem o reconhecimento do Pontifício Conselho para os Leigos.
Casados há 27 anos e pais de quatro filhos, George e Cynthia estão no “Casais para Cristo” desde 1990. Eles relataram um pouco de sua trajetória, inclusive o chamado ao sacramento do Matrimônio. Cynthia candidatou-se para ser freira em uma congregação contemplativa. Ela foi aceita, mas descobriu, em uma conversa com um padre em um retiro, que essa não era sua vocação.
“Ao final do retiro o padre disse: ‘Você não está destinada à vida religiosa. Deus te dará um marido que ajudará você a cuidar das crianças que servirão a Ele no futuro. O seu trabalho é lá fora’”, contou Cynthia, que conheceu George nesse mesmo convento, onde ele servia o altar.
O casal testemunhou aos padres sinodais o seu crescimento na fé e no amor por Deus através da formação e do encontro com outros casais. Para eles, o encontro com Jesus levou-os a se tornarem discípulos missionários em tempo integral e seus filhos estão seguindo esse exemplo.
George e Cynthia também passaram por momentos difíceis. Ela teve diabetes gestacional e pré-eclampsia e a criança corria o risco de nascer com anormalidades. “Nós fomos aconselhados para escolher entre terminar a gravidez ou assumir o risco. Foi realmente um teste de fé e entrega. Nós decidimos ter o bebê e cumprir a vontade de Deus. Pela graça de Deus, nós dois sobrevivemos e minha filha Christen está agora muito saudável e cheia de vida”.
Em 1998, Cynthia foi diagnosticada com câncer de mama e a estimativa era de 3 a 6 meses de vida. Em vez de abandonar tudo, ela decidiu continuar com as orações, em família e no CFC. Ela disse que Deus escutou suas orações e, após passar por uma simples intervenção médica e tomar doses de antibiótico, está curada.
“A formação pastoral e o suporte do CFC dá forças e apoio para nós e nossa família nos desafios que enfrentamos no dia-a-dia. Mas e aqueles que não têm esse privilégio de ter um grupo de apoio? E então a nossa missão continua com muita paixão”.
