Realizou-se em Roma o 26º Congresso Mariológico Internacional, sobre o tema ‘Jubileu e sinodalidade: uma Igreja com rosto e prática mariana’
Da redação, com Vatican News

Um “cenáculo de pensamento, de espiritualidade e de diálogo”, foi a definição do Papa para a Pontifícia Academia Mariana Internacional / Foto: Evandro Inetti-ZUMA Press Wire via Reuters Connect
A primeira audiência do Papa Leão XIV neste sábado, 6, foi realizada na Sala Paulo VI e dedicada aos participantes do Congresso da Pontifícia Academia Mariana Internacional.
O Pontífice definiu esta instituição como um “cenáculo de pensamento, de espiritualidade e de diálogo”, que tem a tarefa de coordenar os estudos mariológicos.
Neste 26° Congresso, os participantes se interrogaram se uma Igreja com rosto mariano seja um resíduo do passado ou uma profecia de futuro, capaz de provocar as mentes e os corações, reconhecendo no jubileu e na sinodalidade duas categorias bíblicas para explicar de maneira eficaz a vocação e a missão da Mãe do Senhor.
“Uma Igreja de coração mariano preserva e compreende melhor a hierarquia das verdades de fé, integrando razão e afeto, corpo e alma, universal e local, pessoa e comunidade, humanidade e cosmo”, explicou o Pontífice. É uma Igreja que não renuncia a fazer a si mesma, aos outros e a Deus perguntas incômodas e a percorrer as vias exigentes da fé e do amor.
“Uma pietas e uma práxis marianas orientadas a serviço da esperança e da consolação libertam do fatalismo, da superficialidade e do fundamentalismo; levam a sério todas as realidades humanas, a partir dos últimos e dos descartados; dão voz e dignidade aos que são sacrificados nos altares dos ídolos antigos e novos.”
Para o Papa Leão, a teologia mariana tem a tarefa de cultivar em todo o povo de Deus, em primeiro lugar, a disponibilidade a “recomeçar” a partir de Deus, da sua Palavra e das necessidades do próximo, com humildade e coragem.
“Contemplar o mistério de Deus e da história com o olhar interior de Maria nos protege das mistificações da propaganda, da ideologia e da informação doentia, que jamais saberão levar uma palavra desarmada e desarmante, e nos abre à gratuidade divina, que é a única que nos possibilita caminhar com as pessoas, os povos e as culturas na paz.”
É por isso que a Igreja precisa da mariologia, completou o Santo Padre, agradecendo e enaltecendo o trabalho e as iniciativas promovidas pela Academia Mariana ao longo destes anos.