O Vaticano celebra, nestes dias, o Jubileu da Vida Consagrada. Em missa na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV para exortou os religiosos a estarem despojados de tudo para testemunhar Deus como prioridade em suas vidas e a se tornarem tudo para todos.
Reportagem de Danúbia Gleisser e Daniele Santos
O sol de outubro aqueceu a Praça São Pedro que acolheu cerca de 30 mil religiosos para o Jubileu da Vida Consagrada. A caminhada religiosa é árdua, mas Deus retribui com tanta beleza e riqueza aqueles que escolhem fazer dela a bússola de suas ações.
O Pontífice exortou aos religiosos a se despojarem de tudo para testemunhar que Deus é o primeiro em suas vidas e incentivou cada um a ajudar a quem encontrar.
Homens e mulheres de diferentes origens, engajados em diversos apostolados, mas unidos por um propósito: seguir a Cristo. Vindos de cem países, eles vivem um tempo de graça e comunhão no Ano Santo.
Ao comentar a passagem do Evangelho proposta pela liturgia, o Papa enfatizou os três verbos da oração: “pedir”, “buscar” e “bater”. De acordo com ele, são atitudes familiares para os consagrados, acostumados a pedir sem exigir, dóceis à ação de Deus. “‘Pedir’, é reconhecer, na pobreza, que tudo é dom…; ‘buscar’ é abrir-se, em obediência, para seguir no caminho da santidade, ‘bater’ é pedir e oferecer aos irmãos os dons recebidos com um coração casto, no esforço por amar a todos com respeito e generosidade”, disse o Pontífice.
Além disso, o Santo Padre observou: “A história ensina que de uma experiência autêntica de Deus brotam sempre generosas explosões de caridade”, destacou o Papa, “como aconteceu na vida dos fundadores; homens e mulheres apaixonados pelo Senhor e, prontos a se tornar ‘tudo para todos’, sem distinção, nos mais diversos modos e contextos, concluiu.
Por fim, a reflexão do Papa mostra que a vida cristã nos quer engajados no mundo, mas, ao mesmo tempo, constantemente voltados para a eternidade. Segundo Leão XIV, é um convite à vida consagrada para ampliar o pedido, a busca e a batida da oração ao horizonte eterno que transcende as realidades deste mundo, para orientá-las para o domingo sem ocaso.




