Em discurso aos membros da Ordem Equestre do Santo Sepulcro, que ajuda a sustentar a Igreja de Jerusalém, Papa destacou dimensões da esperança
Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa saúda membros da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém / Foto: VATICAN MEDIA/CPPIPA/Sipa USA via Reuters Connect
Acolham a tarefa que a Igreja vos confia, de serem guardiões do Sepulcro de Cristo, na confiança da espera, no zelo da caridade e no ímpeto alegre da esperança. Esta foi a exortação do Papa Leão XIV aos membros da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, em peregrinação jubilar em Roma. Eles foram recebidos em audiência pelo Pontífice nesta quinta-feira, 23.
A ordem é uma instituição laical a serviço da Igreja Católica na Terra Santa e realiza um trabalho de apoio ao Patriarcado Latino de Jerusalém, com iniciativas em favor da presença cristã na região. O Papa observou que seus membros protegem o Santo Sepulcro e cuidam dos peregrinos para sustentar a Igreja de Jerusalém, e o fazem com humildade e dedicação.
“Mostrais que tutelar o Sepulcro de Cristo não significa simplesmente preservar um legado histórico-arqueológico ou artístico, por mais importante que seja, mas sustentar uma Igreja feita de pedras vivas (cf. 1 Pd 2, 4-5), que em volta dele nasceu e ainda hoje vive, como autêntico sinal de esperança pascal.”, disse.
Espera confiante e serviço
Foi justamente dessa esperança pascal que o Pontífice quis destacar três dimensões importantes e relacionadas com a missão da Ordem. A primeira delas é a espera confiante.
“Sim, permanecer diante do Sepulcro do Senhor significa renovar a própria fé em Deus, que mantém as suas promessas, cujo poder nenhuma força humana pode derrotar. Num mundo em que a prepotência e a violência parecem prevalecer sobre a caridade, sois chamados a testemunhar que a vida vence a morte, que o amor derrota o ódio, que o perdão vence a vingança e que a misericórdia e a graça derrotam o pecado.”
A segunda dimensão indicada pelo Papa foi o rosto do serviço. O Papa reiterou a gratidão pelo bem que a Ordem Equestre do Santo Sepulcro pratica, seguindo a tradição de assistência. “Em quantas ocasiões, graças ao vosso trabalho, se reabre uma fresta de luz para pessoas, famílias, comunidades inteiras, que correm o risco de ser assoladas por dramas terríveis, a todos os níveis, especialmente nos lugares onde Jesus viveu. A vossa caridade sustenta-os”.
A meta do encontro com Deus
Por fim, o Pontífice falou sobre olhar para a meta do céu. Aqui, ele recorreu à imagem dos apóstolos Pedro e João, que correm rumo ao Sepulcro na manhã de Páscoa. Diante do túmulo vazio, são levados a renovar a fé em Cristo à luz da Ressurreição.
“São Paulo usa a mesma imagem, quando fala da sua vida como de uma competição no estádio, não desprovida de um objetivo, mas voltada para o encontro com o Senhor. É isto que expressa o gesto da peregrinação, como símbolo da busca do sentido último da vida. Também vós o realizastes, e convido-vos a viver o vosso estar aqui não como ponto de chegada, mas como etapa a partir da qual recomeçar a marcha rumo à única meta verdadeira e definitiva: a da plena e eterna comunhão com Deus no Paraíso.”, concluiu.