Pontífice voltou a pedir o fim do conflito em Gaza, o rápido retorno da ajuda humanitária ao local e a libertação de todos os reféns
Da Redação, com Vatican News

Foto: Evandro Inetti/ZUMA Press Wire
Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 27, na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa Leão XIV voltou a pedir paz na Terra Santa. Ele fez “um forte apelo tanto às partes envolvidas quanto à comunidade internacional, pelo fim do conflito, que causou tanto terror, destruição e morte”.
O Pontífice também lembrou os numerosos reféns israelenses ainda mantidos em cativeiro por seus sequestradores e o sofrimento da população palestina, que não recebe ajuda humanitária suficiente.
“Imploro que todos os reféns sejam libertados, que um cessar-fogo permanente seja alcançado, que a entrada segura de ajuda humanitária seja facilitada e que o direito humanitário seja plenamente respeitado, em particular a obrigação de proteger os civis e as proibições de punições coletivas, o uso indiscriminado da força e o deslocamento forçado de populações”.
Em seguida, o Papa Leão XIV se uniu ao apelo pela paz publicado esta terça-feira, 26, por dois patriarcas (o greco-ortodoxo e o latino de Jerusalém). “Uno-me à declaração conjunta dos Patriarcas greco-ortodoxo e latinos de Jerusalém que ontem pediram o fim desta espiral de violência, o fim da guerra e a prioridade para o bem comum das pessoas”.
Apelo dos Patriarcas de Jerusalém
Na declaração conjunta desta terça, os patriarcas pediram a mediação de paz por parte de outros países para interromper a “mobilização militar maciça” das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Faixa de Gaza, para restituir os reféns israelenses sequestrados durante os ataques de 7 de outubro às suas famílias e para finalmente restaurar a paz na região. “Apelamos à comunidade internacional”, dizia a declaração, “para que aja para pôr fim a esta guerra insensata e destrutiva e para garantir que as pessoas desaparecidas e os reféns israelenses possam retornar às suas casas.”
A declaração também lembrou como “o complexo greco-ortodoxo de São Porfírio e o complexo latino da Sagrada Família” têm sido “um refúgio para centenas de civis”, incluindo “idosos, mulheres e crianças” e “pessoas com deficiência”. Aqueles que encontraram abrigo nas duas igrejas já estão padecendo com o sofrimento de quase onze meses de conflito. “Muitos estão debilitados e desnutridos”, argumentaram os patriarcados. Portanto, para eles, “tentar fugir para o sul equivaleria a uma sentença de morte”.
Oração à Rainha da Paz
Ao final de seu apelo, o Pontífice exortou todos a implorarem “Maria, Rainha da Paz, fonte de consolação e esperança”, para que “sua intercessão alcance a reconciliação e a paz naquela terra tão querida a todos.”
Na audiência da semana passada, o Papa convidou os fiéis a rezarem à Virgem na última sexta-feira, 22, dia em que a Igreja celebrou a memória litúrgica de Maria, Rainha da Paz.