Fim de semana movimentado em Roma. O Jubileu dos Catequistas reuniu mais de cinquenta mil fiéis na Praça São Pedro. O Pontífice exortou a todos: Não basta conhecer ou compartilhar a Palavra; é preciso amá-la. Assim, o testemunho se torna semente de esperança, capaz de germinar nos corações e dar frutos.
Reportagem de Adilson Sabará
Imagens de Vatican News
O Papa Leão recebeu em audiência nesta segunda-feira os membros do grupo de trabalho sobre diálogo intercultural e interreligioso. De acordo com o pontífice, estar voltado para o diálogo significa permanecer arraigados no evangelho e nos valores que vem dele e ao mesmo tempo, cultivar a abertura, a escuta e o envolvimento com aqueles que vem de outras inspirações para colocar em evidência a pessoa, sua dignidade, sua constituição relacional e comunitária.
Para o Jubileu dos Catequistas, a Praça da Basílica de São Pedro acolheu os peregrinos de todo o mundo. Mais de 50.000 participaram da missa celebrada pelo Papa Leão XIV. Na homilia, o Santo Padre pontuou que Deus vê o coração do homem. O Papa traçou um paralelo entre a parábola de Lázaro e o homem rico com a opulência e a avareza do homem de hoje. “Com o passar dos séculos, parece que nada mudou”, disse o Pontífice, “quantos Lázaros morrem diante da voracidade que esquece da justiça, do lucro que humilha a caridade, da riqueza cega diante da dor dos miseráveis”, lamentou o Papa.
Aos catequistas, que Leão XIV chamou de discípulos de Jesus que se tornam suas testemunhas, explicou que a palavra catequese é de origem grega, significa instruir de viva voz, fazer ressoar. Desta forma, o catequista é uma pessoa de palavra, uma palavra que pronuncia com a própria vida. “Os primeiros catequistas são os pais”, recordou o Papa. “Catequese que em primeiro lugar acontece nas nossas casas à volta da mesa. Quando há uma voz, um gesto, um rosto que conduz a Cristo, a família experimenta a beleza do evangelho”, completou.
Ao falar do valor da transmissão da fé, o Santo Padre ressaltou que os catequistas nos acompanham e partilham um caminho constante. Acrescentou que educar na fé não é dar uma lição, mas plantar no coração a palavra da vida para que ela dê frutos de vida boa.
O Pontífice concluiu a homilia ao alertar os fiéis quanto à ganância e à indiferença. Ruínas do homem rico no Evangelho. “Os muitos Lázaros de hoje nos lembram a palavra de Jesus e se tornam para nós a mais eficaz catequese deste jubileu, que é para todos tempo de conversão e perdão, de empenho pela justiça e pela busca sincera da paz”, finalizou o Papa.




