Encontro pela paz

Papa: chega de guerras, o mundo tem sede de paz

Leão XIV participou de um encontro internacional pela paz realizado no Coliseu junto com representantes de diversas confissões religiosas

Da Redação, com Vatican News

Papa discursa no encontro internacional pela paz no Coliseu / Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Basta de guerras, com seu tributo de morte, o mundo tem sede paz. Palavras do Papa Leão XIV ao participar do “Encontro Internacional pela Paz – as Religiões e as Culturas em diálogo”. O evento na tarde desta terça-feira, 28, foi realizado no Coliseu, em Roma, promovido pela Comunidade Sant’Egídio com o tema “Ousar a paz”. O encontro de oração reuniu representantes de diversas confissões religiosas.

Em seu discurso, o Papa observou que conflitos existem onde quer que haja vida, mas a guerra não ajuda a enfrentá-los nem a resolvê-los. “A paz é um caminho permanente de reconciliação”, disse o Pontífice, agradecendo a todos os presentes por mostraram ao mundo quão crucial é a oração.

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“O mundo tem sede de paz: precisa de uma verdadeira e sólida era de reconciliação, que ponha fim à opressão, às demonstrações de força e à indiferença à justiça. Chega de guerras, com seu doloroso tributo de morte, destruição e exílio!”

Oração, força de reconciliação

O encontro de oração, segundo o Papa, demonstra não apenas o firme desejo de paz, mas também a consciência de que a oração é uma grande força de reconciliação. A oração é um movimento do espírito, não palavras gritadas nem comportamento ostentatório, muito menos slogans religiosos usados ​​contra as criaturas de Deus. “Temos fé que a oração muda a história dos povos. Os lugares de oração devem ser tendas de encontro, santuários de reconciliação, oásis de paz”, acrescentou.

Leão XIV citou o histórico encontro de Assis promovido por São João Paulo II em 27 de outubro de 1986, cujas raízes se encontram no documento conciliar “Nostra aetate“, do qual se celebram os 60 anos de promulgação justamente hoje, 28 de outubro. O Pontífice mencionou ainda seu predecessor, que exatamente um ano atrás, para o mesmo evento, escreveu que “a guerra nunca é santa, somente a paz é santa, porque é desejada por Deus!”.

“Com o poder da oração, com as mãos nuas erguidas ao céu e mãos abertas aos outros, devemos garantir que este período da história marcado pela guerra e pela arrogância da força termine logo e uma nova história comece”. E acrescentou: “Chega! É o clamor dos pobres e o clamor da terra. Chega! Senhor, ouve o nosso clamor!”

Diálogo e cooperação

Para o Santo Padre, a cultura da reconciliação poderá superar a atual globalização da impotência, através do diálogo, da negociação e da cooperação. Pois existem lugares e pessoas para isso.

“Este é o apelo que nós, líderes religiosos, dirigimos de todo o coração aos governos. Fazemos eco do desejo de paz dos povos. (…) Devemos ousar buscar a paz! E se o mundo estiver surdo a este apelo, temos a certeza de que Deus ouvirá as nossas preces e os lamentos de tantos que sofrem. Porque Deus deseja um mundo sem guerra. Ele nos libertará deste mal!”

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