No Vaticano, Leão XIV discursou aos bispos redentoristas e scalabrinianos; trouxeram ao ministério episcopal “a herança de dois carismas importantes”, disse
Da Redação, com Vatican News

Papa com bispos scalabrinianos e redentoristas em audiência desta quinta-feira, 26/ Foto:VATICAN MEDIAIPA/Sipa USA via Reuters
O Papa Leão XIV recebeu em audiência, nesta quinta-feira, 26, na Sala do Consistório, no Vaticano, os bispos redentoristas e scalabrinianos. O Pontífice iniciou o seu discurso, manifestando satisfação por este encontro, destacando a ocasião que o gerou: “A escolha de duas Congregações religiosas de se encontrarem e refletirem com os confrades que se dedicaram à Igreja no ministério episcopal”. “Trata-se de um intercâmbio que certamente enriquece os bispos presentes, suas comunidades e todo o Povo de Deus, como ensina o Concílio Vaticano II”, sublinhou.
O Santo Padre frisou que a Igreja é grata a estes Institutos, aos quais pediu, com a nomeação de bispos dentre os seus membros, um sacrifício considerável em tempos de escassez de religiosos. “O serviço à Igreja inteira é para toda família religiosa a graça e a alegria mais bonita”, disse Leão XIV.
“Em particular, vocês, religiosos scalabrinianos e redentoristas, escolhidos e consagrados para o serviço do episcopado e do cardinalato, trazem ao seu ministério a herança de dois carismas importantes, especialmente em nossos dias: o serviço aos migrantes e a evangelização dos pobres e distantes.”
Exemplo dos fundadores
Na sequência, o Papa recordou que Santo Afonso Maria de Ligório, ao entrar em contato com a miséria dos bairros mais abandonados de Nápoles no século XVIII, renunciou a uma vida confortável e a uma carreira lucrativa, abraçando a missão de levar o Evangelho aos últimos.
São João Batista Scalabrini, lembrou Leão XIV, um século depois, soube sentir e fazer suas as esperanças e os sofrimentos de muitas pessoas que partiam, deixando tudo para trás, em busca de um futuro melhor para si e para suas famílias em países distantes.
“Ambos foram fundadores, tornaram-se bispos e souberam responder aos desafios de sistemas sociais e econômicos que ao mesmo tempo em que abriam novas fronteiras em vários níveis, também deixavam para trás tanta miséria ignorada e tantos problemas, criando bolsões de degradação com os quais ninguém parecia querer lidar”, sublinhou.
Ouvir a voz do amor de Deus
Segundo o Papa, num momento histórico que apresenta grandes oportunidades e ao mesmo tempo não está isento de dificuldades e contradições, celebrando o Jubileu da Esperança “queremos recordar que, hoje como ontem, a voz a ser ouvida para compreender o que fazer é a do «amor de Deus […] derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado»”.
“Mesmo em nosso mundo, a obra do Senhor está sempre diante de nós: somos chamados a conformar nossas mentes e corações a ela por meio de um discernimento sábio. Estou convencido de que a discussão que vocês promoveram será muito útil para esse fim”, opinou.
Por fim, Leão XIV os encorajou “a manter e a cultivar no futuro essas relações de ajuda fraterna, com generosidade e abnegação”, para o bem de todo o rebanho de Cristo.