Ao introduzir a oração do Angelus deste domingo, 24, o Pontífice comentou a passagem do Evangelho em que Jesus cita a “porta estreita”
Da Redação, com Vaticam News

Papa Leão XIV durante a oração do Angelus / Foto: Marco Iacobucci/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
Neste domingo, 24, o Papa Leão XIV ressaltou durante seu discurso ao introduzir o Angelus, a passagem do Evangelho que cita a “porta estreita”. “Ao mesmo tempo que nós, às vezes, julgamos quem está longe da fé, Jesus põe em crise a segurança dos crentes”, expressou.
O Santo Padre frisou que a fé só é verdadeira quando é colocada em prática. “A nossa fé é autêntica quando envolve toda a nossa vida, quando se torna um critério para as nossas escolhas, quando nos torna mulheres e homens que se comprometem com o bem e apostam no amor, tal como fez Jesus”, destacou.
Segundo o Pontífice, tal ensinamento de Jesus não tem o objetivo de desanimar os fiéis, mas a proposta é encorajá-los. “As suas palavras servem, antes de mais nada, para abalar a presunção daqueles que pensam que já estão salvos, daqueles que praticam a religião e, por isso, se sentem tranquilos. Na realidade, eles não compreenderam que não basta realizar atos religiosos se estes não transformam o coração. O Senhor não quer um culto separado da vida e não lhe são agradáveis sacrifícios e orações que não nos levam a viver o amor aos irmãos e a praticar a justiça”, disse.
“É bonita a provocação do Evangelho de hoje”
O Papa recordou que Jesus não escolheu o caminho mais fácil, por isso, atravessou a porta estreita da cruz para salvar a humanidade. “Jesus é a porta que devemos atravessar para sermos salvos, vivendo o seu amor e tornando-nos, com a nossa vida, agentes de justiça e paz”, enfatizou.
“Às vezes, isso significa fazer escolhas difíceis e impopulares, lutar contra o próprio egoísmo e gastar-se pelos outros, perseverar no bem onde parece prevalecer a lógica do mal, e assim por diante”, salientou.
Leão XIV concluiu invocando a intercessão da Virgem Maria. “Que ela nos ajude a atravessar com coragem a ‘porta estreita’ do Evangelho, de modo que possamos abrir-nos com alegria à largura do amor de Deus Pai”, finalizou.