Na terceira catequese em que o Papa Leão XVI refletiu sobre a páscoa de Cristo, ele destacou um aspecto considerado surpreendente da ressurreição de Jesus: a sua humildade.
Reportagem de Danúbia Gleisser e Daniele Santos
Edição de Daniele Santos
O Papa Leão XIV esteve entre os peregrinos e como de costume demonstrou afeto pelas crianças. O Santo Padre abençoou os sinos que badalaram para anunciar o início de mais um encontro entre o Pastor e seu rebanho.
Na reflexão da catequese, o Santo Padre destacou um aspecto surpreendente da ressurreição de Cristo: a humildade, expressa nos relatos dos Evangelhos, quando o Senhor Ressuscitado não faz nada de espetacular para conquistar a fé dos discípulos. Não aparece rodeado de anjos, nem realiza gestos dramáticos ou discursos solenes para revelar os segredos do universo”.
O Pontífice aponta que, em vez disso, Jesus se aproxima discretamente, como um viajante qualquer, um faminto que pede para partilhar o pão. Maria Madalena o confunde com o jardineiro. Os discípulos de Emaús o consideram um forasteiro”, completou o Papa.
Não houve efeitos especiais, sinais de poder, provas contundentes disse o Papa Leão porque o Senhor prefere a linguagem da proximidade, da normalidade, da mesa partilhada. E nesta realidade está uma mensagem preciosa declarou o Pontífice: “A ressurreição não é uma reviravolta dramática, mas uma transformação que acontece no silêncio e dá significado a cada gesto humano”.
“Nenhuma queda é definitiva, nenhuma noite é eterna, nenhuma ferida está destinada a permanecer aberta para sempre”, afirmou Leão XIV, ao dizer que por mais distantes, perdidos ou indignos que o ser humano se sinta, não há distância que possa extinguir a força infalível do amor de Deus.
O Papa reafirmou que o Ressuscitado está ao nosso lado, mesmo quando percorremos nossos próprios caminhos – o do trabalho e o do compromisso, mas também o do sofrimento e da solidão – e, com infinita delicadeza, nos pede que O deixemos aquecer o nosso coração.
“E é isso que ele quer da gente, que a nossa fé de uma forma muito concreta, muito humilde, seja transformadora”, disse a peregrina do Brasil, Marcia Reis.
“Quando ele falou da humildade de Cristo, nem sempre a vida dá certo, a gente passa por dificuldades, mas ainda sim Jesus está presente nessa linguagem da proximidade como ele bem disse. É uma mensagem que toca fundo e que dá forma e esperança para que a gente possa prosseguir”, concluiu o peregrino do Brasil, Gabriel Fontana.




