MENSAGEM

Leão XIV: unidade dos cristãos torna mais eficaz o testemunho de Jesus

Em mensagem ao Movimento Anabatista, Papa frisa importância do amor, da fraternidade e do diálogo em meio ao mundo martirizado pela guerra

Da Redação, com Vatican News

Foto: DPA Picture Alliance

Amar, viver em unidade, servir. Esta é a síntese da mensagem de Leão XIV ao Movimento Anabatista publicada nesta quinta-feira, 29. O movimento nasceu em Zurique, na Suíça, e comemora os 500 anos de sua fundação com o lema “A coragem de amar”.

Em sua mensagem, o Pontífice recorda a aparição de Jesus ressuscitado, que doa a paz aos seus discípulos. “Ao receber a paz do Senhor e acolher o seu chamado, que inclui a abertura aos dons do Espírito Santo, todos os seguidores de Jesus podem mergulhar na novidade radical da fé e da vida cristã. De fato, esse desejo de renovação caracteriza o próprio movimento anabatista”, escreve.

Voltando-se para o lema escolhido para a celebração dos 500 anos do movimento, o Santo Padre convida todos a se esforçarem para viver o mandamento do amor, o apelo à unidade cristã e o mandato de servir aos outros. Neste contexto, frisa as qualidades de honestidade e gentileza ao refletir sobre a história comum, que inclui feridas e narrativas dolorosas que influenciam as relações e percepções entre católicos e menonitas até hoje.

“Quão importante é, então, essa purificação da memória e essa releitura comum da história que nos permita curar as feridas do passado e construir um novo futuro através da ‘coragem de amar’. Além disso, só assim o diálogo teológico e pastoral pode dar frutos que perdurem no tempo”, afirma Leão XIV.

Eficácia do testemunho

Ciente de que esta não é uma tarefa fácil, ele relembra alguns momentos da vida de Jesus, revelando quão decisivos foram e são os mandamentos do amor. O Papa retoma o tema da unidade, citando Santo Agostinho: “toda a minha esperança está exclusivamente na tua grande misericórdia. Concede o que ordenas e ordena o que queres” (Confissões, X, 29-40). Em seguida, conclui:

“No contexto do nosso mundo martirizado pela guerra, o nosso contínuo caminho de cura e aprofundamento da fraternidade tem um papel vital a desempenhar, porque quanto mais os cristãos estiverem unidos, mais eficaz será o nosso testemunho de Cristo, Príncipe da Paz, na construção de uma civilização do encontro amoroso”.

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