HOMILIA

“Hoje precisamos de uma revolução do amor”, afirma Papa Leão XIV

Pontífice presidiu Missa em Castel Gandolfo neste domingo, 13, e, em sua homilia, exortou fiéis a olharem com compaixão para o próximo

Da Redação, com Vatican News

Papa Leão XIV presidiu a Missa em Castel Gandolfo neste domingo, 13 / Foto: Tiziana Fabi/Pool via REUTERS

Em meio à sua pausa de verão, o Papa Leão XIV celebrou a Missa neste domingo, 13, na Paróquia Pontifícia Santo Tomás de Vilanova em Castel Gandolfo. O Santo Padre refletiu sobre o Evangelho do dia (Lc 10,25-37), no qual Jesus conta a parábola do bom samaritano.

O Pontífice expressou, no início de sua fala, que esta história segue a desafiar cada um, abalando a tranquilidade das consciências adormecidas ou distraídas e alertando para o risco de uma fé acomodada, conformada com a observância exterior da lei, mas incapaz de sentir e agir com as mesmas entranhas de compaixão de Deus.

Leão XIV observou que a compaixão, elemento central da parábola, é descrita por meio das ações do samaritano. A primeira delas é olhar – enquanto o sacerdote e o levita, vendo o homem ferido à beira da estrada, passaram adiante, o samaritano encheu-se de compaixão após vê-lo.

“O olhar faz a diferença, porque expressa aquilo que trazemos no coração: ver e passar adiante ou ver e encher-se de compaixão”, frisou o Papa. “Existe um modo de ver exterior, distraído e apressado, um olhar que finge não ver, isto é, sem nos deixarmos sensibilizar e interpelar pela situação; por outro lado, há um modo de ver com os olhos do coração, com um olhar mais profundo, com uma empatia que nos põe no lugar do outro, nos faz participar interiormente, nos toca, comove, questiona a nossa vida e a nossa responsabilidade”, acrescentou.

O olhar de Cristo

A parábola também fala sobre o olhar que Deus dirige a cada ser humano, para que cada um aprenda a ter os mesmos olhos que Ele, cheios de amor e compaixão uns pelos outros. Desta forma, explicou o Pontífice, o bom samaritano é a imagem de Jesus, que olhou para a humanidade que descia aos abismos da morte e veio para curar as feridas dos homens, derramando o óleo do seu amor e da sua misericórdia.

“Uma vez que Cristo é a manifestação de um Deus compassivo, acreditar Nele e segui-lo como seus discípulos significa deixar-se transformar para que também nós possamos ter os mesmos sentimentos Dele, ou seja, um coração que se comove, um olhar que vê e não passa adiante, duas mãos que socorrem e aliviam feridas, ombros fortes que carregam o fardo daqueles que estão em necessidade”, afirmou o Santo Padre.

A partir da descoberta que Cristo, como bom samaritano, ama e cuida de todos, cada homem se sente impelido a amar da mesma forma, tornando-se compassivo como Ele. Curados e amados por Cristo, cada um dos que o segue se torna sinal do seu amor e da sua compaixão no mundo.

“Irmãos e irmãs, hoje precisamos desta revolução do amor”, salientou Leão XIV. “Ver sem passar adiante, parar a nossa corrida apressada, deixar que a vida do outro, seja ele quem for, com as suas necessidades e sofrimentos, me parta o coração: isso aproxima-nos uns dos outros, gera uma verdadeira fraternidade, derruba muros e barreiras. E, finalmente, o amor abre caminho, tornando-se mais forte do que o mal e a morte”, concluiu.

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