Leão XIV exortou os fiéis a sempre recorrerem à intercessão da Virgem Maria
Reportagem de Joyce Mesquita e Daniele Santos
Durante a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, no Vaticano, o Papa Leão XIV fez um forte clamor pela humanidade. Em homilia em forma de oração, o Santo Padre pediu que o ódio não escreva a história do mundo.
Ao lado do altar da Basílica Vaticana, a imagem da Virgem de Guadalupe esteve cercada por fiéis e peregrinos. O Papa Leão XIV afirmou que Maria vive a dinâmica própria de quem permite que a palavra de Deus entre na vida e a transforme. Disse ainda que como um fogo abrasador que não pode ser contido, a palavra impulsiona comunicar a alegria do dom recebido.
“Ela, alegre pelo anúncio do anjo, compreende que a alegria de Deus se plenifica na caridade”. Para o Pontífice, essa alegria desemboca no magnífica. E ao longo de toda sua existência, Maria leva onde a alegria humana não é suficiente, onde o vinho se esgotou.“É assim que acontece em Guadalupe. No tepeia que Ela desperta nos habitantes da América a alegria de saber que são amados por Deus. Nas aparições de 1531, falando com San Juan Diego em sua língua materna, ela declara que deseja muito que ali se levante uma casinha sagrada, da qual exaltará a Deus e o tornará conhecido”, afirmou o Papa.
Leão XIV afirmou ainda que em meio a conflitos incessantes, injustiças e dores que buscam alívio, a Virgem de Guadalupe proclama o núcleo de sua mensagem, a certeza de que está conosco e de que é Mãe.
Acrescentou que a maternidade proclamada por Maria nos faz descobrir nos filhos. “E como filho, te peço, Mãe, ensina as nações que querem ser tuas filhas, a não dividir o mundo em lados irreconciliáveis, a não permitir que o ódio marque sua história, nem que a mentira escreva sua memória. Instrui seus governantes no dever de custodiar a dignidade de cada pessoa em todas as fases da vida”, completou ele.
A maior parte da homilia do Pontífice transformou-se em uma oração dirigida à Virgem de Guadalupe. O Papa rezou pelos jovens, por aqueles que estão afastados da Igreja, pediu a conversão dos que semeiam a discórdia, intercedeu pelas famílias, pelo clero e pelas pessoas de vida consagrada. E por fim confiou a ela o seu pontificado.
“Mãe do verdadeiro Deus por quem se vive. Vem em auxílio do sucessor de Pedro, para que confirme no único caminho que conduz ao bendito fruto do teu ventre todos os que me foram confiados. Lembra-te deste teu filho, a quem Cristo confiou as chaves do Reino dos Céus para o bem de todos, para amarrar e desamarrar e para redimir toda a miséria humana”, concluiu o Santo Padre.




