Depois do ataque a uma igreja católica em Burkina Faso, Francisco recordou os cristãos assassinados e perseguidos por amor a Cristo
Da redação, com Vatican News
Com o pensamento voltado para o novo ataque contra uma igreja católica em Burkina Faso – quatro fiéis perderam a vida durante uma missa no último domingo, 26 -, o Papa publicou o seguinte tweet na conta @Pontifex, em nove idiomas:
“Também hoje há tantos cristãos assassinados e perseguidos por amor a Cristo. Dão a vida no silêncio, porque o seu martírio não faz notícia, mas hoje há mais mártires cristãos do que nos primeiros séculos”.
Aumenta a violência anticristã em Burkina Faso
Em Burkina Faso, há um recrudescimento dos ataques anticristãos e, em particular, contra a comunidade católica. Os ataques, atribuídos a grupos extremistas islâmicos, costumam ocorrer durante as missas ou celebrações religiosas. Às vezes, na mira dos terroristas, também há membros pertencentes à maioria muçulmana, que neste país coexiste pacificamente com os cristãos.
A não-violência dos cristãos
A reação não violenta das comunidades cristãs tem exatamente o efeito contrário do que os jihadistas gostariam: une ainda mais as diferentes confissões religiosas. Como acontece em outros países.
No Sri Lanka, por exemplo, os recentes ataques de Páscoa e a reação pacífica de cristãos, despertaram grande solidariedade e uma crescente estima pela Igreja por parte das outras religiões.
O silêncio do mundo
Francisco chama constantemente a atenção da comunidade internacional para o fenômeno das violências anticristãs. Violências muitas vezes não noticiadas pela mídia – afirma o Papa – e às vezes levadas a cabo “com o silêncio cúmplice de tantas potências” que poderiam detê-los (Missa na Santa Marta, 7 de setembro de 2015).
Em uma de suas primeiras Missas celebradas na Santa Marta, Francisco afirmou: “Para encontrar mártires não é necessário ir às catacumbas ou ao Coliseu: os mártires estão vivos agora, em muitos países. Os cristãos são perseguidos por sua fé. Em alguns países eles não podem levar a cruz: são punidos se o fizerem”(Missa na Santa Marta, 6 de abril de 2013).