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Visita a Veneza

Primeiro compromisso do Papa em Veneza é visita à prisão feminina

Em seu discurso na prisão feminina de Veneza, na Itália, Papa Francisco faz pedido: “Não ‘isolar a dignidade’, mas dar novas possibilidades!”

Da redação, com Vatican News

Papa cumprimenta detentas da Prisão Feminina na Ilha de Giudecca / Foto: Reprodução Vatican News

Papa Francisco visitou neste domingo, 28, a cidade italiana de Veneza. O Santo Padre chegou ao local por volta das 08h (hora local – 3h em Brasília), aterrissando de helicóptero na Praça interna do Centro de Detenção Feminina na Ilha de Giudecca.

O primeiro compromisso oficial de Francisco em Veneza foi na prisão feminina. O espaço sedia até 24 de novembro o Pavilhão da Santa Sé na Bienal de Artes com obras que envolvem nove artistas e inclusive detentas.

“Quis encontrá-las no início da minha visita a Veneza para lhes dizer que ocupam um lugar especial no meu coração”, disse o Papa às 80 mulheres reunidas no pátio da Casa Feminina de Detenção, um espaço de reabilitação com capacidade para 111 pessoas. Também participaram do encontro com o Papa os funcionários, agentes da polícia e voluntários da Penitenciária. 

Em seu discurso, o Pontífice pediu para que todos vivessem este encontro não como uma “visita oficial” do Papa, mas um momento importante de dedicação de “tempo, oração, proximidade e afeto fraterno”:

“É o Senhor que nos quer juntos neste momento, tendo chegado por caminhos diferentes, alguns muito dolorosos, também por causa de erros pelos quais, de várias maneiras, cada pessoa carrega feridas e cicatrizes. E Deus nos quer juntos porque sabe que cada um de nós, aqui, hoje, tem alguma coisa única para dar e receber, e de que todos nós precisamos.”

A penitenciária feminina de Giudecca tem sido um espaço de reabilitação, já que algumas das detentas começaram a costurar e trabalhar na lavanderia, por exemplo.

“A prisão é uma realidade dura, e problemas como a superlotação, a carência de instalações e de recursos, os episódios de violência, geram muito sofrimento, mas que também pode se tornar num lugar de renascimento, moral e material, onde a dignidade de mulheres e homens não é ‘colocada em isolamento’, mas promovida através do respeito mútuo e do desenvolvimento de talentos e habilidades, talvez que ficaram adormecidos ou aprisionados pelas vicissitudes da vida, mas que podem ressurgir para o bem de todos e que merecem atenção e confiança”, comentou o Papa.

Papa presenteia presídio com o quadro de Nossa Senhora / Foto: Reprodução Vatican News

A redescoberta da beleza na prisão

Por essa razão, garantiu Francisco, “paradoxalmente, a permanência em uma prisão pode marcar o início de algo novo, através da redescoberta de belezas inesperadas em nós e nos outros”. Como é o caso da prisão de Giudecca que foi escolhida para receber uma exposição de artes da Bienal de Veneza e através da qual as próprias detentas contribuem ativamente, lembrou ainda o Papa. No Pavilhão da Santa Sé, as obras de 9 artistas são dedicadas aos direitos humanos e aos mundos marginalizados, às periferias onde vivem os últimos.

“Todos nós temos erros a serem perdoados e feridas a serem curadas”, reforçou o Pontífice, exortando a renovar, a partir de hoje, “eu e vocês, juntos, a nossa confiança no futuro”. Uma mensagem de humanidade que se estende além da ilha de Giudecca, em Veneza, para se redescobrir os valores intrínsecos colhidos a partir da experiência diária vivida dentro um cárcere:

“É fundamental que inclusive o sistema penitenciário ofereça aos detentos e às detentas ferramentas e espaços para o crescimento humano, espiritual, cultural e profissional, criando as condições para a sua reintegração saudável. Não ‘isolar a dignidade’, mas dar novas possibilidades!”

Após seu discurso, o Papa presenteou as detentas com uma imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo, e convidou os presentes a olhar para a ternura da Virgem Maria representada no quadro. “Essa ternura Maria tem para com todos vocês. É a Mãe da ternura”, disse.

Ao final do encontro no pátio da prisão feminina, Francisco dirigiu-se à Igreja da Madalena (capela da prisão), onde encontrou-se com o Cardeal José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, responsável pelo Pavilhão da Santa Sé na Bienal de Arte de Veneza.

Veja encontro do Papa com as detentas:

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