Francisco pediu que todas as comunidades que se reconhecem em Abraão se respeitem e se amem e que não instrumentalizem, para a violência, o nome de Deus
Jéssica Marçal
Da Redação
O primeiro compromisso do Papa Francisco nesta segunda-feira, 26, foi a visita ao Grão-Mufti de Jerusalém e de toda a Palestina, xeque Muhamad Ahmad Hussein, na esplanada das mesquitas.
Francisco explicou que sua visita à Terra Santa foi como peregrino, para visitar os lugares que viram a presença terrena de Jesus. Porém, destacou que a peregrinação não seria completa se não pudesse se encontrar com as pessoas que lá vivem, e por isso manifestou sua alegria em se reunir com os “Amigos Muçulmanos”.
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O Santo Padre se concentrou sobre a figura de Abraão, reconhecido tanto por cristãos como por judeus e muçulmanos, cada um a seu modo, como um pai na fé, um exemplo a imitar. Abraão, disse o Papa, fez-se peregrino, deixando tudo para realizar o chamado de Deus, algo que deve ser de exemplo para a disposição espiritual.
“Não podemos jamais considerar-nos auto-suficientes, senhores da nossa vida; não podemos limitar-nos a ficar fechados, seguros nas nossas convicções. Diante do mistério de Deus, somos todos pobres, sentimos que devemos estar sempre prontos para sair de nós mesmos, dóceis à chamada que Deus nos dirige, abertos ao futuro que Ele quer construir para nós”.
Esta peregrinação de Abraão foi também um chamado à justiça, ressaltou Francisco. Por esse motivo, o Papa destacou que também hoje há esse chamado para ser testemunha do agir de Deus no mundo e para ser agente de paz e da justiça. Logo, Francisco concluiu fazendo um apelo:
“Queridos Amigos, a partir deste lugar santo, lanço um premente apelo a todas as pessoas e comunidades que se reconhecem em Abraão: respeitemo-nos e amemo-nos uns aos outros como irmãos e irmãs! Aprendamos a compreender a dor do outro! Ninguém instrumentalize, para a violência, o nome de Deus! Trabalhemos juntos em prol da justiça e da paz! Salam!”.