Às vésperas da viagem mais longa do pontificado de Francisco, cardeal secretário de Estado do Vaticano sublinha expectativa e desejo de encontro do Papa
Da Redação, com Vatican News
Quatro países aguardam o Papa Francisco, que de 2 a 13 de setembro estará entre a Ásia e a Oceania para levar a luz de Cristo. Ele será testemunha do diálogo para construir uma realidade fraterna e solidária.
O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, às vésperas da 45ª Viagem Apostólica do Santo Padre, reforçou, em entrevista à mídia vaticana, a centralidade da proximidade no pontificado do Papa Francisco e sublinhou que a paz em um mundo ferido pelas guerras e pela violência se constrói com o encontro, estabelecendo uma relação com sinceridade e superando o egoísmo.
Parolin enfatiza que a primeira esperança que o Papa Francisco leva no coração é a do encontro. “Trata-se, em outras palavras, de aprofundar, mais uma vez, o tema da proximidade, que tanto caracteriza o estilo do seu pontificado e da qual as Viagens Apostólicas são uma relevante expressão”, sublinhou.
De acordo com o cardeal, essa proximidade se refere a vários aspectos. “Proximidade para ouvir, proximidade para assumir as dificuldades, os sofrimentos e as expectativas das pessoas, proximidade para levar a todos a alegria, a consolação e a esperança do Evangelho. Parafraseando São Paulo VI, eu diria que quanto mais distantes – geograficamente – estão os países para onde vai, mais o Santo Padre sente esta urgência no seu coração”, declarou.
Diálogo e fraternidade
A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo. Parolin ressalta que o Pontífice encontrará diversas culturas, confissões e tradições religiosas. “São realidades realmente pluralistas. As palavras do Santo Padre e os seus gestos serão um forte e urgente convite a não abandonar o caminho e a contribuirão para apoiar e encorajar a fraternidade, que é, como ele gosta de dizer, unidade na diferença”, afirmou.
O secretário recorda que este é um momento de grandes tensões internacionais devido às guerras, especialmente na Ucrânia e no Oriente Médio, e que essa visita é, de fato, uma semente de esperança, de diálogo e de fraternidade. “Para construir a paz, é necessário esforçar-se em assumir aquelas atitudes que cada Viagem Apostólica propõe: encontrar-se, olhar-se nos olhos e falar com sinceridade”, salientou.