Lago de Santa Ana, a cerca de 70 km da cidade canadense de Edmonton, é meta de uma tradicional peregrinação católica desde o final do século XIX
Da Redação
Continuando sua viagem ao Canadá, nesta tarde,26, Papa Francisco presidiu a peregrinação ao lago de Santa Ana, a cerca de 70 Km de Edmonton. Essa foi uma das etapas mais significativas de sua viagem apostólica.
Os povos nativos o denominaram “Lago de Deus” e “Lago do Espírito”, mas foi um sacerdote católico, dos Oblatos de Maria Imaculada, a estabelecer a primeira missão e batizar o local como “Lago de Santa Ana”. A primeira peregrinação foi organizada pelo Oblatos, em 1889, e, desde então, na semana do dia 26 de julho, festa de Santa Ana, se tornou um dos encontros mais importantes da região.
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Francisco abençoou a água do lago, agradecendo pela água que é fonte de alegria e purificação para cada um dos filhos de Deus. Em seguida fez uma oração e abençoou os peregrinos, mostrando sua proximidade a todos os avós. Logo em seguida, se dirigiu à igreja de Sant’Ana e iniciou a Liturgia da Palavra.
O Papa observou que muitos corações chegaram ali sobrecarregados pelo peso da vida e junto a essas águas encontraram refúgio, consolação e descanso para a vida. Portanto, fez um convite para que as pessoas voltem hoje às fontes de vida, neste dia especial de Sant’Ana.
Após um canto feito pelos indígenas, o Santo Padre deu início à sua homilia. “Contemplando as águas deste lago que nos ajuda a voltar às fontes da fé, vamos imaginar Jesus que realizou grande parte do seu ministério no mar da Galiléia”, completou.
Coração aberto para a fraternidade
Jesus pregou o Reino para todos, para populações diferenciadas, homens e mulheres das mais variadas classes e povoados. “É necessário que os cristãos sejam abertos e vivam a fraternidade e o amor mútuo uns para com os outros. Afinal, todos são peregrinos a caminho”, disse.
Antes de concluir seu discurso, pediu para cada fiel imaginar Jesus ao redor daquele lago, é o Senhor que se inclina para olhar com compaixão e ternura. Que cura as pessoas feridas e cansadas. Em seguida, terminou com as palavras de Jesus: “Vinde a mim, todos vós cansados e fatigados, e eu vos aliviarei”.
Avançar no processo de cura
Já concluindo a homilia, o Papa disse aos indígenas que eles são preciosos para ele e para a Igreja. Também expressou o desejo de que entre eles a Igreja esteja unida.
“Que o Senhor nos ajude a avançar no processo de cura, rumo a um futuro sempre mais sadio e renovado. Creio que seja também o desejo das vossas avós e dos vossos avôs, das nossas avós e dos nossos avôs. Que os avós de Jesus, São Joaquim e Santa Ana, abençoem o nosso caminho”.