Em programa produzido pelo Dicastério para a Comunicação em colaboração com a Biblioteca Apostólica do Vaticano, os Museus Vaticanos e a Rai Cultura, Francisco relatará os encontros de Jesus
Da redação, com Vatican News
Uma primeira noite dedicada aos “Rostos dos Evangelhos”, aos encontros com Jesus narrados pelo Papa Francisco. Este é o programa produzido pelo Dicastério para a Comunicação com a Rai Cultura, em colaboração com a Biblioteca Apostólica do Vaticano e os Museus Vaticanos, que será transmitido às 21h25 (hora loca) pela Raiuno, neste domingo de Páscoa, 17. No início, haverá uma contribuição especial de Roberto Benigni, que refletirá sobre o rosto alegre de Jesus.
Além de uma ampla entrevista gravada para a ocasião, o programa inclui algumas das reflexões que Francisco dedicou nos nove anos de seu pontificado, em suas homilias durante a celebração da missa da manhã em Santa Marta (algumas nunca mostradas antes), nos Angelus e em outras ocasiões, aos protagonistas dos Evangelhos: de São Mateus ao bom Ladrão, de Judas a Maria Madalena, de Pôncio Pilatos ao Filho Pródigo.
A voz do Papa acompanhará o espectador dentro das cenas evangélicas, representadas pelos grandes artistas nas pinturas, afrescos, miniaturas dos códigos e esculturas, muitos das quais pertencem ao tesouro de beleza conservado no Vaticano.
Cada personagem que encontra Jesus é contado pelo Papa e ilustrado por imagens famosas (mas também desconhecidas e inéditas) através das lentes do fotógrafo-diretor que ‘entra’ nas pinturas, afrescos e miniaturas e nos seus detalhes.
Programa
Os autores do programa são Andrea Tornielli e Lucio Brunelli. Perguntamos ao diretor editorial da mídia do Vaticano como esta ideia surgiu e como foi realizada:
“‘Rostos dos Evangelhos’ dirá algo tanto aos crentes quanto aos não-crentes – explica Tornielli – É um novo formato, e é um grande desafio que seja transmitido em horário nobre na Páscoa. A ideia nasceu uma noite, enquanto eu jantava com o Lucio. Partimos da ideia de comunicar o fascínio dos Evangelhos a crentes e não-crentes, usando a arte e as habilidades de contar histórias do Papa Francisco”.
“Estamos ambos convencidos”, acrescenta o diretor da mídia do Vaticano, “de que algumas das coisas mais belas ditas pelo Papa podem ser encontradas nas homilias ‘a braccio’ (sem texto), pronunciadas na missa em Santa Marta. Estas homilias apresentam uma modalidade típica da espiritualidade jesuíta: a de ‘entrar’ nas cenas do Evangelho, descrevendo-as, colocar-se no lugar dos personagens, estar em cena, sem passar imediatamente à exegese ou ao ensino moral. O próprio Papa, na entrevista que nos deu, sublinha a importância desta contemporaneidade”.
Na entrevista que acompanha as histórias de dez personagens dos Evangelhos, conclui Tornielli, o Papa diz que ver é fundamental na fé. “O maravilhar-se e o ver. A arte, especialmente o melhor da arte medieval, mas não só (pensemos em certas pinturas de Caravaggio ou Rembrandt) nos ajuda a entrar nas cenas do Evangelho”.