Encontro com a sociedade civil marca o terceiro dia de visitas do Papa Francisco ao Equador
O Santo Padre dirigiu-se à igreja dedicada a São Francisco, localizada no centro histórico de Quito, nesta terça-feira, 7, às 18h (horário local; 20h no horário de Brasília) para receber as chaves da cidade e fazer um discurso à sociedade civil.
Representantes oriundos de diversas setores, como cultura, economia, voluntariado, esporte, pessoas das áreas empresarial e rural, bem como um grupo representando as populações indígenas amazônicas, participaram do encontro.
O Sucessor de Pedro falou sobre a convivência cívica, que, quando começada na vida familiar por intermédio do amor e manifestado em obras, torna-se meio de inclusão.
“Ser administradores desta riqueza que recebemos compromete-nos com a sociedade no seu conjunto e com as gerações futuras, às quais não poderemos legar este patrimônio sem o devido cuidado com o meio ambiente, sem uma consciência de gratuidade que brota da contemplação do mundo criado”, ressaltou o Sumo Pontífice, referindo-se à exploração desmedida dos abundantes recursos naturais no Equador.
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“Nas famílias, todos contribuem para o projeto comum, todos trabalham para o bem comum, mas sem anular o indivíduo; pelo contrário, sustentam-no, promovem-no. As alegrias e as penas de cada um são assumidas por todos. Isso é ser família! Ah! Se pudéssemos ver o adversário político e o vizinho de casa com os mesmos olhos com que vemos os filhos, esposas ou maridos, pais ou mães!”
Papa Francisco também ressaltou a importância da família como célula da sociedade e a responsabilidade dos pais em ajudar os filhos a assumir que a gratuidade é requisito necessário da justiça, colocando a nós mesmos e o que possuímos a serviço dos outros.
“Da fraternidade vivida na família nasce a solidariedade na sociedade, que não consiste apenas em dar ao necessitado, mas em sermos responsáveis uns pelos outros. Se virmos no outro um irmão, ninguém poderá ficar excluído, marginalizado.”