"Telefonema pastoral"

Sacerdote brasileiro recebe telefonema do Papa Francisco

Padre Gleidson recebeu um telefonema do Papa Francisco e foi convidado para visitá-lo na Casa Santa Marta, onde confessou-se com o Santo Padre

Da Redação, com Rádio Vaticano

Sacerdote brasileiro recebe telefonema do Papa Francisco

Fachada da Casa Santa Marta, no Vaticano (Foto: cantonuovo.eu)

O Papa Francisco continua a usar o telefone para fazer contato com algumas pessoas que lhe escrevem. Desta vez, o destinatário do “telefonema pastoral” foi o sacerdote brasileiro padre Gleidson de Paula Souza, da Congregação de Dom Orione (Orionitas).

Padre Gleidson conta que escreveu uma carta ao Santo Padre e pediu a uma amiga que a entregasse pessoalmente ao Pontífice. “Ela o fez, durante a visita à Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no dia 19 de janeiro. Depois, disse-me que o Papa a guardou no bolso”, diz o sacerdote.

No dia seguinte, ele recebeu um telefonema. “Estava estudando. Às 15h56, tocou o meu celular. Era um número privado. Uma voz repetiu várias vezes: ‘É o Gleidson? É o Gleidson? Eu falo com Gleidson?’. Respondi: ‘Sim, Santo Padre, sou o Gleidson’. E prosseguiu: “Vejo que reconheces a minha voz. A minha voz já é muito conhecida”, brincou.

O sacerdote falou com o Papa sobre o que havia escrito na carta em relação ao caminho vocacional e foi encorajado pelo Pontífice. Em seguida, Francisco lhe disse: ‘Venha encontrar-me’. Padre Gleidson, por sua vez, convidou o Santo Padre para visitar a comunidade do Instituto Teológico. O Papa disse não saber se a visita seria possível, mesmo a comunidade localizando-se nas proximidades do Vaticano, mas lhe daria a resposta em poucos dias.

Na quinta-feira, 23, o Pontífice chamou novamente padre Gleidson, convidando-o para ir à Casa Santa Marta. A visita aconteceu, nesta segunda-feira, 27, às 16h15. O sacerdote apresentou-se nos portões vaticanos, acompanhado do diretor da comunidade, Padre Carlo Marin, e de seu pai espiritual, padre Giacomo Defrancesco.

“No encontro, o Papa brincou conosco”, recorda padre Gleidson, “pois, com a emoção, não sabíamos onde sentar, e ele nos disse: ‘É melhor olhar face a face os inimigos’ e começou a rir. Surpreendeu-nos a sua veste branca com três botões com o tecido desfiado, símbolo de sua pobreza e simplicidade”.

O Santo Padre falou da Congregação dos Orionitas, dizendo conhecê-la, e recordou que, em Buenos Aires, havia feito uma experiência de voluntariado no Cottolengo de Claypole, durante 15 dias, quando era noviço jesuíta.

O Papa exaltou a figura dos santos piemonteses, terra de origem de sua família: “’Il Cottolengo’ é uma obra bonita, a sua vocação é bonita, dentro daquele quadro dos santos piemonteses, do século XIX, com um laicismo feroz, um anticlericalismo feroz, maçonaria feroz e, então, surge Dom Bosco, Cafasso, Dom Orione, o Cottolengo, e também as mulheres, tantas mulheres santas”.

Por fim, padre Gleidson teve um encontro privado com o Papa Francisco de cerca 35 minutos, quando se confessou, como havia pedido na carta. “Ele não me deu respostas, mas liberdade para refletir, dizendo que está comigo”, afirmou.

Ao concluir o relato, o sacerdote disse que o Papa “está nos evangelizando não com palavras, mas com a sua presença acolhedora, a sua simplicidade, com seus gestos e sua ternura”.

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