Francisco presidirá a Santa Missa da Ceia do Senhor nesta quinta-feira, 28, na penitenciária feminina de Rebibbia em Roma
Da Redação, com Vatican News
O Papa Francisco visita, nesta quinta-feira, 28, a Penitenciária Feminina de Rebibia em Roma, para celebrar a Missa da Ceia do Senhor e o Rito de Lava-pés. A Irmã Maria Pia Iammarino, da Congregação das Irmãs Franciscanas dos Pobres, que há anos se dedica à pastoral carcerária e é voluntária na instituição relata sobre a expectativa das mulheres que estão na penitenciária ao saberem da visita do Pontífice.
“Há dias elas estão incrédulas, assim que nos veem perguntam se é verdade, e quando se dão conta, ficam felizes, dizem que o Papa realmente deseja amar as pessoas que sofrem”, afirma. Além de Religiosa e voluntária na instituição penal, a Irmã Maria Pia se posiciona como uma mulher que está com outras mulheres que vivem o drama de está numa condição de detenção.
“Muitas vezes, elas nos precedem e relatam que se sentem amadas por Deus em seu cotidiano na cela. Elas também são uma forte experiência de evangelização para nós que vamos visitá-las”, enfatiza. A Irmã também também relata sobre o drama que essas mulheres enfrentam nesta condição e afirma que para elas é ainda mais difícil e dolorosa essa realidade.
“Elas sentem um grande sentimento de culpa pelo crime que cometeram e um sentimento de culpa ainda maior pelo sofrimento que causaram lá fora, a uma mãe idosa ou, pior ainda, a uma criança pequena que não podem ver crescer, a quem não podem acompanhar à escola todos os dias, ao lado de quem não podem estar em momentos de dor ou doença”, comenta.
A respeito da celebração com o Papa Francisco, a Irmã Maria Pia espera que as detentas de Rebibbia possam guardar para sempre consigo a alegria do Santo Padre e sua fé absoluta na misericórdia de Deus: “Como ele diz, podemos dar misericórdia porque a recebemos primeiro. Espero que elas possam experimentar essa plenitude em seus relacionamentos entre si e com os membros de suas famílias. E não se esqueçam da esperança, sem a qual não há possibilidade de construir o futuro”, concluiu.