No Angelus da Solenidade da Epifania do Senhor, Pontífice pediu que todos tenham a sensibilidade de reconhecer “Jesus na Eucaristia, no próximo, no abandonado e em todos os irmãos”
Julia Beck
Da redação
Na oração mariana do Angelus desta segunda-feira, 6, Epifania do Senhor, o Papa Francisco reiterou que a Igreja celebra a manifestação de Jesus. O Evangelho do dia se concentra nos Reis Magos, que vão a Jerusalém para adorar Jesus. Segundo o Santo Padre, há algo que causa estranheza: enquanto os sábios chegam de longe, os que estão perto não dão “um passo” em direção à gruta de Belém.
“Atraídos e guiados pela estrela, os magos tiveram enormes despesas, colocaram à disposição seu tempo e aceitaram correr riscos e incertezas, (…) mesmo assim, superaram todas as dificuldades para ver o Messias”, indica o Pontífice.
Francisco afirma que os Reis Magos sabiam que aquilo era algo único na história da humanidade e não quiseram faltar àquele encontro. “Tinham uma inspiração e seguiram”, complementou. Enquanto isso, observa que os que viviam em Jerusalém, que podiam ser considerados os mais “prontos para aquele acontecimento”, se mantiveram parados.
Os sacerdotes e teólogos daquele tempo deram indicações de onde encontrar o Messias. No entanto, o Papa frisa que eles não se moveram de suas cátedras para ir até Jesus. “Estavam satisfeitos com o que tinham, não achavam que valia a pena se locomover”.
O Papa ressalta que este fato suscita uma pergunta: “Hoje, a que categoria pertencemos? Somos mais parecidos com os pastores que vão com pressa à gruta? Com os magos do oriente, que partem em busca do Filho de Deus feito homem? Somos mais parecidos com aqueles que estão mais próximos fisicamente dEle, mas não abriram as portas da sua vida, mas permaneceram fechados e insensíveis à presença de Jesus?”.
“Que saibamos reconhecer Jesus, próximo a nós na Eucaristia, no próximo, no abandonado, em todos os irmãos e irmãs”, concluiu o Pontífice.