Papa participou hoje do encerramento das atividades da cúpula internacional do esporte que tem a proposta de inclusão
Da Redação, com Vatican News
O esporte precisa ser uma casa aberta e acolhedora para todos. Palavras do Papa Francisco nesta sexta-feira, 30, ao participar do encerramento da Cúpula Internacional do Esporte realizada no Vaticano. “Esporte para todos” é o nome da cúpula que busca promover a inclusão e que reuniu atletas, dirigentes e autoridades esportivas de 40 países.
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“Vocês são movidos por uma nobre motivação: a de se comprometer com a promoção de um esporte que seja para todos, que seja ‘coeso’, ‘acessível’ e ‘adaptável para todas as pessoas’. Um grande compromisso, sem dúvida, um desafio que ninguém é capaz de realizar sozinho. Mas vocês sabem muito bem que para atingir objetivos altos, árduos e difíceis – altius, citius, fortius – é preciso jogar em equipe, é preciso se unir, communiter.”
Construção da paz
Francisco lembrou que a Igreja está próxima ao esporte porque acredita nele como um lugar de encontro, formação de valores e de fraternidade. Trata-se de uma atividade geradora de comunidade, símbolo de unidade, integração, coesão e mensagem de paz.
“Hoje temos grande necessidade de uma pedagogia de paz, de fomentar uma cultura de paz, a partir das relações interpessoais diárias até chegar àquelas entre os povos e as nações. Se o mundo do esporte transmite unidade e coesão, pode se tornar um aliado formidável na construção da paz.”
Combate à cultura do descarte
Francisco voltou a solicitar a participação dos atletas de alto rendimento, que são pontos de referência aos mais jovens, no combate à cultura do descarte. Eles devem participar através da responsabilidade educativa e social. Afinal, acrescentou o Pontífice, a prática do esporte orientada para a educação pode ajudar a “resgatar a dignidade” ou seguir um caminho totalmente contrário.
“Fora dessa lógica, corre-se o risco de cair na ‘máquina’ do business, do lucro, de uma espetacularidade consumista, que produz ‘personagens’ cuja imagem pode ser explorada. Mas isso não é mais esporte. O esporte é um bem educativo e social e deve permanecer assim! É por isso que temos a responsabilidade de garantir que o esporte seja acessível a todos.”
Casa aberta e acolhedora
Além de ser acessível, o esporte precisa acolher, sendo promovido de forma que as pessoas consigam desenvolver seus próprios talentos a partir da própria condição, também de fragilidade e deficiência. “Uma aventura que vocês, atletas, conhecem bem, porque nenhum de vocês é super-homem ou super mulher: vocês têm seus limites e tentam fazer o melhor que podem”, disse o Papa.
Francisco concluiu exortando todos os presentes a lutar para que o esporte seja uma casa aberta e acolhedora para todos. “Nesta casa, nunca perca um ambiente familiar: que se possa encontrar, mesmo no mundo do esporte, irmãos e irmãs, amigos e amigas.”