No final do Angelus, Francisco recordou o cessar-fogo em Gaza que começou neste domingo, 19, e expressou gratidão a todos os mediadores
Da redação, com Vatican News
Palestinos retornam para suas casas após entrar em vigor o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas neste domingo, 19/ Foto: Anadolu via Reuters
Depois de tanta dor, depois das orações, depois das invocações a Maria, Rainha da Paz, o Papa Francisco, no Angelus deste domingo, 19, expressou sua gratidão àqueles que trabalharam para alcançar o cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor na manhã deste domingo, 19.
“Expresso minha gratidão a todos os mediadores. É um bonito trabalho esse de mediar para que a paz seja alcançada. Obrigado aos mediadores. E também agradeço a todas as partes envolvidas por esse importante resultado. Espero que o que foi acordado seja imediatamente respeitado pelas partes e que todos os reféns possam finalmente voltar para casa e reencontrar seus entes queridos. Rezo muito por eles e por suas famílias”.
Ajudas àqueles que sofrem
Há também a preocupação com as muitas famílias em Gaza que estão sofrendo com a fome, a perda de entes queridos e as condições difíceis que a guerra inevitavelmente traz. O Santo Padre desejou que todas as ajudas humanitárias cheguem o mais rapidamente e em grande quantidade à população de Gaza, que tem tanta urgência.
“Tanto os israelenses quanto os palestinos”, diz Francisco, “precisam de sinais claros de esperança”.
“Faço votos de que as autoridades políticas de ambos os lados, com a ajuda da comunidade internacional, possam chegar à justa solução para os dois Estados. Todos podem dizer sim ao diálogo, sim à reconciliação, sim à paz. Todos rezamos por isso: o diálogo, a reconciliação, a paz”.
Em Cuba, gestos de grande esperança
O Papa recordou então a anunciada libertação de um grupo de prisioneiros das prisões cubanas. Neste sábado, 18, a libertação de Petro Albert Sanchez, um professor de 70 anos que, devido ao seu estado de saúde, estava cumprindo sua pena em prisão domiciliar, e Felix Navarro Rodriguez, condenado a 9 anos de prisão.
“Trata-se de um gesto de grande esperança que concretiza uma das intenções deste Ano Jubilar. Espero que, nos próximos meses, iniciativas desse tipo continuem a ser empreendidas nas diversas partes do mundo, infundindo confiança no caminho das pessoas e dos povos”.
Por fim, a saudação aos fiéis presentes na Praça São Pedro, recordando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, com a exortação para rezar pelo “precioso dom da plena comunhão entre todos os discípulos do Senhor”.
“E rezemos sempre pela martirizada Ucrânia, pela Palestina, por Israel, por Mianmar e por todos os povos que sofrem com a guerra”, concluiu.
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