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Sagrado Coração de Jesus

"Quantas lágrimas ainda escorrem pela face de Deus", aponta o Papa

Papa recebeu, em audiência, os participantes da Convenção “Reparar o Irreparável” por ocasião do 350º aniversário das aparições do Sagrado Coração de Jesus

Da Redação, com Vatican News

Foto: Sipa USA via Reuters

“A reparação é totalmente manifestada no sacrifício da cruz. A novidade aqui é que ele revela a misericórdia do Senhor para com o pecador”, afirmou o Papa Francisco, neste sábado, 4. O Santo Padre recebeu em audiência os participantes da Convenção “Reparar o Irreparável” por ocasião do 350º aniversário das aparições de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque.

Francisco explicou que a reparação é um conceito encontrado frequência nas Sagradas Escrituras. No Antigo Testamento, ela assume uma dimensão social de compensação pelo mal cometido. Esse era o caso da lei mosaica, que previa a restituição do que havia sido roubado ou a reparação do dano causado. “Tratava-se de um ato de justiça que visava a salvaguardar a vida social”, disse.

Entretanto, o Papa explicou que, no Novo Testamento, ela assume a forma de um processo espiritual, dentro da estrutura da redenção realizada por Cristo. “A reparação é totalmente manifestada no sacrifício da cruz”, enfatizou.

“A novidade aqui é que ele revela a misericórdia do Senhor para com o pecador. Assim, a reparação contribui para a reconciliação dos homens entre si, mas também para a reconciliação com Deus, pois o mal cometido contra o próximo é também uma ofensa a Deus. Como diz Ben Sirac, o Sábio, ‘as lágrimas da viúva não escorrem pela face de Deus?'”, completou o Santo Padre.

E afirmou: “Quantas lágrimas ainda escorrem pela face de Deus, enquanto nosso mundo experimenta tantos abusos contra a dignidade da pessoa, mesmo dentro do Povo de Deus!”

Reparar o irreparável

Ao comentar sobre o título da conferência, Francisco comentou o fato dela reunir duas expressões opostas: “Reparar o irreparável” e afirmou que, dessa forma, ela convida a esperar que toda ferida possa ser curada.

“A reparação completa às vezes parece impossível, quando bens ou entes queridos são perdidos permanentemente ou quando certas situações se tornam irreversíveis. Mas a intenção de reparar e de fazê-lo de forma concreta é essencial para o processo de reconciliação e para o retorno da paz ao coração”, disse.

Reconhecer o erro e pedir perdão

O Papa Francisco afirmou que a reparação, para ser cristã, para tocar o coração da pessoa ofendida e não ser um mero ato de justiça comutativa, pressupõe duas atitudes desafiadoras: reconhecer a própria culpa e pedir perdão.

“Reconhecer a culpa. Qualquer reparação, humana ou espiritual, começa com o reconhecimento do próprio pecado. Acusar a si mesmo faz parte da sabedoria cristã, isso agrada ao Senhor, porque o Senhor acolhe o coração contrito. É a partir desse reconhecimento honesto do mal causado ao irmão e do sentimento profundo e sincero de que o amor foi ferido que nasce o desejo de reparar”, destacou.

A segunda atitude é pedir perdão. “É a confissão do mal cometido, seguindo o exemplo do filho pródigo que diz ao Pai: ‘Pequei contra o céu e contra ti’, explicou o Papa.

E complementou: “O pedido de perdão reabre o diálogo e manifesta a vontade de restabelecer o vínculo na caridade fraterna. E a reparação – mesmo que seja um início de reparação ou já simplesmente a vontade de reparar – garante a autenticidade do pedido de perdão, manifesta sua profundidade, sua sinceridade, toca o coração do irmão, consola-o e suscita nele a aceitação do perdão solicitado. Assim, se o irreparável não pode ser completamente reparado, o amor sempre pode renascer, tornando a ferida suportável”.

Jesus pediu atos de reparação

Francisco acrescentou que Jesus pediu a Santa Margarida Maria atos de reparação pelas ofensas causadas pelos pecados dos homens. “Se esses atos consolaram o seu coração, isso significa que a reparação também pode consolar o coração de cada pessoa ferida”, enfatizou.

O Papa disse ainda que reza para que o seu Jubileu do Sagrado Coração desperte em tantos peregrinos um amor maior de gratidão a Jesus, uma afeição maior; e que o santuário de Paray-le-Monial seja sempre um lugar de consolação e misericórdia para cada pessoa em busca de paz interior.

No final da audiência, Francisco recitou com os presentes, em espanhol, a oração pelo Jubileu das aparições do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque em Paray-le-Monial, que dura um ano e meio, de 27 de dezembro do ano passado, aniversário da primeira aparição principal, a 27 de junho de 2025, solenidade do Sagrado Coração.

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