Felicidade, amor, uma vida boa e plena são buscas do ser humano que podem ser encontradas, de acordo com Francisco, em Jesus
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Às vésperas de sua viagem apostólica ao Chile e Peru, Papa Francisco retomou o Evangelho (Jn 1: 35-42) no Ângelus deste domingo, 14, e reforçou o convite feito por João Batista aos seus discípulos, o de seguir Jesus. “Após o contemplarmos no mistério do Natal, somos chamados para segui-lo na vida cotidiana (…). Procurar, encontrar e seguir Jesus, este é o caminho”, afirmou.
Segundo Francisco este domingo de introdução ao tempo litúrgico comum serve para animar a fé dos cristãos na vida cotidiana, e indica características essenciais do itinerário da fé, como questionar-se: O que procuro? Pergunta feita por Jesus aos discípulos de João Batista e a Maria Madalena na manhã de Páscoa. Felicidade, amor, uma vida boa e plena são buscas do ser humano que podem ser encontradas, de acordo com Francisco, em Jesus.
João Batista é testemunha de pessoa que fez a jornada e conheceu o Senhor, ação que fez, segundo o Papa, com que Batista dirigisse seus discípulos ao encontro de Jesus, a uma nova experiência. “Esses dois não poderão mais esquecer a beleza desse encontro (…). Apenas um encontro pessoal com Jesus gera uma jornada de fé e discipulado”, lembrou o Papa. “Poderíamos ter muitas experiências, realizar muitas coisas, estabelecer relacionamentos com muitas pessoas, mas apenas Jesus (…) pode dar pleno significado às nossas vidas e tornar nossos projetos e iniciativas frutíferas”.
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O Santo Padre prosseguiu afirmando que não basta construir uma imagem de Deus com base em rumores, deve-se buscar Deus e ir aonde ele habita. “O pedido dos dois discípulos a Jesus: ‘Onde você mora?’ (Versículo 38), tem um forte sentido espiritual: expressa o desejo de saber onde o Mestre vive, estar com Ele. A vida de fé consiste no desejo de ser com o Senhor e, portanto, buscar o lugar onde ele mora. Isso significa que somos chamados a superar uma religiosidade habitual e óbvia, revivendo o encontro com Jesus na oração, na meditação sobre a Palavra de Deus e no atendimento aos sacramentos, para estar com ele e dar frutos graças a Ele, à Sua ajuda, a Sua graça” suscitou.
“Que a Virgem Maria nos apoie a este respeito para seguir Jesus, ir e ficar onde ele mora, ouvir sua Palavra de vida, aderir a ele que tira o pecado do mundo, para encontrar esperança e impulso espiritual nele”, pediu o Papa ao encerrar o Ângelus deste domingo, 14.
Após o Angelus
Ao concluir a oração Mariana do Ângelus, Francisco lembrou aos fiéis que neste domingo, 14, é comemorado o Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados e comentou sobre a celebração que presidiu nesta manhã, que contou com a participação de um bom grupo de migrantes e refugiados residentes na diocese de Roma.
“Na minha mensagem para este dia, eu enfatizei que a migração hoje é um sinal dos tempos. Todo estranho que bate à nossa porta é uma oportunidade de conhecer Jesus Cristo, que se identifica com o estrangeiro que foi aceito ou rejeitado em todas as épocas. (…) Gostaria de reafirmar que a nossa resposta comum poderia ser articulada em torno de quatro verbos baseados nos princípios da doutrina da Igreja: acolhimento, proteção, promoção e integração”, suscitou o Santo Padre.
Viagem Apostólica e saudação
O Papa pediu orações aos fiéis concentrados na Praça São Pedro por sua jornada apostólica ao Chile e Peru que começará nesta segunda-feira, 15. O pontífice aproveitou a oportunidade para saudar todos os peregrinos e também à comunidade latino-americana de Santa Lúcia em Roma, que celebra 25 anos de fundação.