No último encontro, em 13 de maio de 2023, Zelensky reiterou sua gratidão ao Papa por sua “atenção pessoal à tragédia de milhões de ucranianos”
Da Redação, com Vatican News
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, retorna, pela terceira vez, ao Vaticano para audiência com o Papa Francisco. O anúncio foi feito pela Sala de Imprensa da Santa Sé, informando que o encontro está marcado para esta sexta-feira, 11, às 9h30, no Palácio Apostólico.
O encontro entre o Pontífice e o líder do país “martirizado” por um conflito que já dura mais de dois anos e meio, e se realiza quatro meses após a reunião bilateral durante o G7 na Puglia (Itália) e mais de um ano e meio após o último encontro na Sala Paulo VI, em 13 de maio de 2023. Quarenta minutos de conversa, durante os quais o Papa assegurou suas constantes orações pelo país que nunca foi esquecido em seus apelos públicos e sua contínua invocação à paz.
Última audiência no Vaticano em maio de 2023
Segundo uma nota do Vaticano divulgada na época, ambos “concordaram com a necessidade de continuar os esforços humanitários em apoio à população”, e o Papa enfatizou, “em particular, a necessidade urgente de ‘gestos de humanidade’ em relação às pessoas mais frágeis, as vítimas inocentes do conflito”. Na ocasião, o presidente da Ucrânia também conversou com o secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.
Zelensky reiterou sua gratidão ao Papa por sua “atenção pessoal à tragédia de milhões de ucranianos” em um post no X e confirmou que havia falado com Francisco sobre as “dezenas de milhares de crianças ucranianas deportadas” que devem ser trazidas de volta para casa com “todos os esforços”. Ele acrescentou que pediu a “condenação dos crimes russos na Ucrânia” e falou da “Fórmula da Paz” como “o único algoritmo eficaz para alcançar uma paz justa”, propondo “aderir à sua implementação”.
Contatos desde a eclosão da guerra e o encontro bilateral no G7
Zelensky entrou no Palácio Apostólico do Vaticano pela primeira vez, em 8 de fevereiro de 2020, quando a ameaça da pandemia de Covid-19 começava a pairar na Europa e a guerra parecia um fantasma segregado apenas no leste da Ucrânia. Desde o primeiro bombardeio russo em Kiev, houve vários contatos com o Papa, entre cartas e telefonemas, um deles em 28 de dezembro de 2023 para saudações de Natal e reiterando o desejo de uma “paz justa para todos nós”.
Um ano e meio após a eclosão do conflito, Zelensky – não mais tão isolado como nos primeiros meses – voltou a viajar e, em maio do ano passado, fez um itinerário que passou por várias capitais europeias, incluindo Roma e Cidade do Vaticano. Este ano, em junho, ele participou com chefes de estado e de governo da cúpula do G7 em Borgo Egnazia, na Puglia, e nessa ocasião teve um encontro bilateral confidencial com o Papa.