Ângelus

Papa: tentações são ilusões de sucesso e felicidade

Durante o Ângelus deste domingo, 10, Francisco comentou o Evangelho do dia sobre as tentações às quais Jesus foi submetido no deserto

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante o Ângelus deste domingo, 10/ Foto: Reprodução Youtube Vatican News

As tentações representam a ilusão de poder obter o sucesso e a felicidade. Estas são palavras do Papa Francisco no Ângelus deste domingo, 10, na Praça São Pedro. O Santo Padre comentou o Evangelho do dia sobre as tentações às quais Jesus foi submetido no deserto: “As três tentações indicam três caminhos que o mundo sempre propõe, prometendo grandes sucessos: a ganância de possuir, a glória humana, a instrumentalização de Deus”, disse.

“São esses os caminhos que são colocados diante de nós, com a ilusão de poder alcançar o sucesso e a felicidade, mas, na realidade, esses caminhos são completamente estranhos ao modo de agir de Deus; na verdade, eles nos separam d’Ele, porque são obras de Satanás”, enfatizou o Pontífice.

Falando da ganância de possuir, o Papa explicou: “Esta é sempre a lógica insidiosa do diabo. Ele parte da natural e legítima necessidade de se alimentar, de viver, de realizar-se, de ser feliz, para nos impulsionar a acreditar que tudo isso é possível sem Deus, ou melhor, até mesmo contra Ele”.

Sobre a segunda tentação, a glória humana, Francisco sublinhou o risco da humanidade perder toda a dignidade pessoal, deixando-se corromper pelos ídolos do dinheiro, do sucesso e do poder, para alcançar a autoafirmação. “Prova-se a emoção de uma alegria vazia que logo desaparece. Por isso Jesus responde: ‘Adorarás­ o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto’”, sublinhou. Sobre a instrumentalização de Deus, o Santo Padre explicou, que se trata da tentação de querer puxar Deus para o lado, pedindo-lhe graças que na realidade servem para satisfazer o orgulho.

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“Jesus, enfrentando pessoalmente essas provações, vence por três vezes as tentações para aderir plenamente ao plano do Pai. E nos mostra os remédios: a vida interior, a fé em Deus, a certeza de seu amor. Portanto, aproveitemos da Quaresma, como tempo privilegiado para nos purificarmos, para experimentarmos a presença consoladora de Deus em nossa vida”, suscitou o Pontífice.

Segundo Francisco, Jesus ao responder ao tentador, não entra em diálogo, mas responde aos três desafios somente com a palavra de Deus. “Isto nos ensina que com o diabo não se dialoga, não devemos dialogar, somente se responde a ele com a palavra de Deus”, afirmou. Em seguida, o Papa rezou a Oração mariana do Ângelus e concedeu aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro a sua Benção Apostólica.

Após o Ângelus

O Santo Padre recordou que neste sábado, 9, em Oviedo (Espanha), foram proclamados beatos os seminaristas Angelo Cuartas e oito companheiros mártires, assassinados por ódio a fé em um tempo de perseguição religiosa. Esses jovens aspirantes ao sacerdócio – disse Francisco — amavam tanto o Senhor, chegando a segui-lo no caminho da cruz. “Que o seu heroico testemunho ajude os seminaristas, os sacerdotes e os bispos a permanecerem límpidos e generosos para servir fielmente ao Senhor e ao povo santo de Deus”, exortou.

Depois de saudar as famílias, aos grupos paroquiais, às associações e a todos os peregrinos que vieram da Itália e de diversos países, Francisco desejou a todos que o caminho quaresmal, recentemente iniciado, seja rico de frutos. Pediu ainda uma recordação na oração por ele e seus colaboradores da Cúria Romana, que nesta noite iniciam a semana de Exercícios Espirituais.

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