Homilia

Papa: sementes dos mártires enchem a terra de novos cristãos

Reflexão de Francisco na Missa de hoje teve como foco os mártires

Da Redação, com Rádio Vaticano 

Na homilia desta terça-feira, 18, na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco se concentrou no exemplo dos mártires. O Santo Padre recordou pessoas que, como São Paulo, na fase final da vida, viveram na solidão e enfrentaram dificuldades.

“Sozinho, mendicante, vitima de assédio, abandonado… mas é o grande Paulo, o que ouviu a voz do Senhor, o chamado do Senhor! Aquele que foi de um lugar para o outro, que sofreu tanto e passou por diversas provações para pregar o Evangelho”, disse Francisco lembrando São Paulo, que terminou a vida na desolação. 

Fidelidade

Assim também aconteceu com Pedro e com João Batista, que acabou em uma cela sozinho, com a cabeça cortada “por causa do capricho de uma bailarina e da vingança de uma adúltera”. O mesmo aconteceu com Maximiliano Kolbe, lembrou o Papa, que fez um movimento apostólico em todo o mundo e muitas coisas grandes e morreu na cela de um campo de concentração.

“O apóstolo, quando é fiel, não espera outro fim senão o de Jesus. Mas o Senhor permanece próximo, não o deixa sozinho e ali encontra a sua força”.

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“Morrer como mártires, como testemunhas de Jesus, é a semente que morre e dá fruto e enche a terra de novos cristãos. Quando o pastor vive assim, não fica amargurado: talvez se sinta desolado, mas tem aquela certeza de que o Senhor está ao seu lado. Quando o pastor em sua vida se ocupou de outras coisas que não dos fiéis – por exemplo, apegado ao poder, apegado ao dinheiro, apegado aos centros de poder, apegado a tantas coisas – no final, não estará só, talvez haja os netos que aguardarão que morra para ver o que poderão levar com eles”.

O Santo Padre concluiu a homilia falando do exemplo dado pelos sacerdotes idosos, que mesmo, muitas vezes, estando em cadeiras de rodas, doentes, carregam um grande sorriso e se sentem bem, porque têm Deus próximo a eles. 

“E também aqueles olhos brilhantes que têm e perguntam: ‘Como está a Igreja? Como está a diocese? Como estão as vocações?’. Até o fim, porque são padres, porque deram a vida pelos outros. Voltemos a Paulo. Só, mendicante, vítima de assédio, abandonado por todos, menos que pelo Senhor Jesus: ‘Somente o Senhor está próximo de mim!’. E o Bom Pastor, o pastor deve ter esta segurança: se ele vai pelo caminho de Jesus, o Senhor lhe estará próximo até o fim. Rezemos pelos pastores que estão no final de suas vidas e que estão aguardando que o Senhor os leve com Ele. E rezemos para que o Senhor lhes dê a força, a consolação e a segurança que, embora se sintam doentes e também sozinhos, o Senhor está com eles, perto deles. Que o Senhor lhes dê a força”.

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