Francisco recorda aos bispos que as estruturas materiais só têm sentido quando colocadas a serviço, sobretudo dos que vivem nas periferias mais extremas da vida
Da Redação, com Vatican News
O Papa Francisco enviou uma carta ao Conselho Episcopal da América Latina e Caribe (Celam) por ocasião da inauguração da nova sede em Bogotá, na Colômbia, nesta terça-feira, 12. Na mensagem dirigida ao presidente do órgão, Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, o Pontífice concedeu a sua bênção para o novo espaço. O Papa quis que a sua saudação fosse transmitida aos bispos do Celam, assim como aos sacerdotes, religiosos, colaboradores leigos e a todos que participaram do evento.
Leia também
.: CELAM apresenta ao Papa relatório da Assembleia Eclesial
Francisco agradeceu à presidência do organismo por ter sido informado sobre as novidades do Celam, no caso, a inauguração da nova sede. O Pontífice destacou que essa obra material pode ajudar a levar adiante projetos de evangelização e de formação pastoral em apoio às Conferências Episcopais.
“Como uma comunidade de discípulos edificada ‘sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular’ (Ef 2,20), sentimos a necessidade perene de suplicar ao Senhor Ressuscitado que impulsione e fortaleça nossa missão eclesial com a força do seu Espírito Santo, para estar prontos para discernir os sinais dos tempos e para responder, a partir da perspectiva da fé, da esperança e da caridade, às necessidades do Povo Santo e fiel de Deus.”
Atenção às 3 idolatrias que ameaçam a missão
Em coletiva de imprensa realizada ontem, Dom Cabrejos explicou que a inauguração das novas instalações do organismo faz parte do processo de renovação e reestruturação iniciado em 2019.
O administrador da nova sede, padre Adolfo Vera, compartilhou a alegria de colocar o edifício a serviço das conferências episcopais da América Latina. O Papa enfatizou a importância de usar as instalações com um único fim.
“Não esqueçamos que nossas estruturas materiais só têm sentido quando estão destinadas ao serviço, sobretudo das nossas irmãs e irmãos que vivem nas periferias mais extremas da vida. E lembrem-se de estar atentos às três idolatrias que sempre ameaçam a marcha do Povo fiel de Deus: a mediocridade espiritual, o pragmatismo dos números e o funcionalismo que nos leva a ser mais entusiastas pelo plano de rota que pela rota.”