Ataque em Burkina Faso foi o mais sangrento dos últimos anos; ONU e União Europeia condenaram a ação
Da Redação, com Vatican News
Após o Angelus deste domingo, 6, o Papa Francisco expressou suas orações por Burkina Faso. O país da África sofreu com um ataque em Solhan, no norte do país, que deixou mais de 130 mortos entre sexta-feira, 4, e sábado, 5. Segundo fontes de segurança locais, foi o ataque mais sangrento dos últimos anos.
“Desejo assegurar a minha oração pelas vítimas dos ataques realizados na noite entre sexta-feira e sábado em uma cidade de Burkina Faso, sou próximo aos familiares e a todo o povo burquinense que está sofrendo muito por causa desses repetidos ataques. A África precisa de paz e não de violência”, disse o Papa.
Burkina Faso está entre os países mais pobres do mundo. E sofre com a violência jihadista ligada à al-Qaeda e ao Estado Islâmico que, há cinco anos, invadiu o país.
Leia também
.: Relatório de Liberdade Religiosa: 1 em cada 3 países sofre violações
.: Acordo sobre reconhecimento da Igreja em Burkina Faso entra em vigor
Ainda não há reivindicações do ataque, mas parece clara a certeza de que os jihadistas estão por trás desse último. Em 2019, o Papa Francisco já havia deixado um apelo, invocando o diálogo inter-religioso contra a violência.
Condenação da ONU e da UE
Segundo a notícia, publicada pelo Portal Vatican News, os corpos das vítimas do ataque foram sepultados em valas comuns. As autoridades do país decretaram um luto nacional de três dias, que terminará amanhã. Enquanto isso, segue a busca pelos agressores, em uma operação conduzida pelas forças armadas em larga escala, nas regiões do norte e do Sahel. A operação foi lançada em 5 de maio em um esforço contra o extremismo.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres disse estar “indignado” e condenou veementemente o ataque. Da mesma forma, chegam condenações dos ataques “covardes e bárbaros” da parte da União Europeia. Através do Alto representante Josep Borrell, a UE “reafirma o seu empenho para lutar, junto a Burkina Faso e aos países da região, contra a insegurança e para o fortalecimento da presença do Estado nas regiões mais atingidas”.