Francisco voltará ao local onde celebrou a primeira Missa da Ceia do Senhor de seu pontificado: a prisão Casal del Marmo, em Roma
Da redação, com Vatican News
Após dez anos, o Papa Francisco retornará, nesta Quinta-feira Santa, 6, ao local onde celebrou a primeira Missa da Ceia do Senhor de seu pontificado: a prisão juvenil de Casal del Marmo em Roma. Foi o que confirmou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni. A missa será presidida de forma restrita, não aberta ao público. Está prevista a transmissão ao vivo.
Após a bronquite infecciosa e a alta hospitalar, o Pontífice retomou sua agenda da Semana Santa e, através de seu porta-voz, anunciou que presidirá os ritos pascais: as modalidades das liturgias da Semana Santa “permanecem inalteradas”, confirmou Bruni, explicando que o Papa presidirá as celebrações com um cardeal no altar, inclusive no Domingo de Páscoa. Uma modalidade, aliás, já em vigor há algum tempo. Neste domingo, 4, a Missa do Domingo de Ramos, por exemplo, contou com o vice-decano do Colégio cardinalício, Cardeal Leonardo Sandri como celebrante.
De volta após dez anos
No instituto da periferia de Roma, em 2013, o Papa lavou os pés de dez rapazes e duas moças de diferentes nacionalidades e confissões. “Lavar os pés significa que devemos nos ajudar uns aos outros”, disse Francisco na época ao explicar o gesto. “É meu dever como padre e como bispo estar a vosso serviço”, acrescentou. “Mas é um dever que vem do meu coração: eu o amo. Adoro fazer isso porque o Senhor assim me ensinou”.
Depois, o Santo Padre expressou o convite que, nos anos seguintes, prosseguiu dirigindo às novas gerações: “Não deixai que a esperança vos seja roubada”. Na época, chamou atenção a decisão do recém-eleito Papa de cancelar a celebração solene da Última Ceia na catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão, para ir em vez disso para um lugar simbólico.
Uma ‘tradição’, esta, que Jorge Mario Bergoglio sempre manteve como arcebispo de Buenos Aires, vivendo os momentos fundamentais do nascimento do cristianismo em meio às “periferias existenciais” e que ele então quis restaurar em Roma. Por todos os anos que se seguiram, o Papa sempre celebrou a Quinta-feira Santa em penitenciárias, centros para refugiados, instalações para o acolhimento e cuidado dos doentes ou jovens em dificuldade.