Santo Padre pediu que a comunidade internacional não se esqueça das necessidades das vítimas que sofrem com os conflitos na região
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 14, os participantes do VI Encontro de coordenação dos organismos de caridade católicos que atuam no Iraque, Síria e países vizinhos. A reunião é promovida pelo órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, em colaboração com a Secretaria de Estado e a Congregação para as Igrejas Orientais, em 13 e 14 de setembro.
Francisco destacou que a situação das populações na Síria, no Iraque e nos países vizinhos continua a ser preocupante. “Todos os dias, na oração, levo diante do Senhor os sofrimentos e as necessidades das Igrejas e dos povos daquelas amadas terras, bem como daqueles que fazem o melhor para ajudá-los”.
O Santo Padre alertou sobre o risco de que a presença cristã seja apagada justamente na terra a partir de onde se propagou no mundo a luz do Evangelho. E lembrou o trabalho da Igreja, junto às Igrejas irmãs, para garantir um futuro a essas comunidades cristãs.
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“O testemunho de amor com que a Igreja escuta e responde ao grito de ajuda de todos, a partir dos mais frágeis e pobres, é um luminoso sinal para o presente e uma semente de esperança que germinará no futuro”.
Entre as iniciativas promovidas pelos organismos caritativos, Francisco citou o auxílio no retorno das comunidades cristãs para a Planície de Nínive, no Iraque, bem como a assistência médica aos vários doentes pobres na Síria, em particular através do projeto “Hospitais Abertos”.
O Papa deixou ainda um apelo à comunidade internacional: “não esquecer as tantas necessidades das vítimas dessa crise mas, sobretudo, superar a lógica dos interesses e colocar-se a serviço da paz colocando fim à guerra”.
Francisco concluiu seu discurso encorajando os envolvidos a um renovado empenho em favor do retorno seguro dos deslocados às suas casas. “Ser instrumentos de paz e de luz: é o que desejo a cada um de vocês. Do fundo do coração: obrigado por tudo aquilo que fazem todos os dias, junto a tantos homens e mulheres de boa vontade”.