Apelo

Papa recorda vítimas do tráfico humano

Francisco fez um apelo para que esse crime “vergonhoso e intolerável” acabe em todo mundo

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa Francisco durante a Catequese desta quarta-feira, 8 / Foto: Reprodução CTV

Papa Francisco durante a Catequese desta quarta-feira, 8 / Foto: Reprodução CTV

A Igreja celebra nesta quarta-feira, 8, o dia mundial de oração pelas vítimas do tráfico humano, por ocasião da memória de Santa Josefina Bakhita, vítima do tráfico ainda quando criança.

Após a Audiência Geral no Vaticano, o Papa Francisco recordou a data, encorajando as pessoas que, de algum modo, ajudam os menores escravizados e abusados a se libertarem desta opressão.

“Auspicio aos que têm responsabilidade de governo que combatam com decisão esta chaga, dando voz aos nossos irmãos mais pequeninos, humilhados em sua dignidade. É preciso fazer todo esforço para debelar este crime vergonhoso e intolerável.”

Francisco recordou que Bakhita foi escravizada na África, explorada e humilhada mas que não perdeu a esperança e levou adiante a fé, chegando como migrante na Europa. “E ali sentiu o chamado do Senhor e se fez freira. Rezemos Santa Josefina por todos os migrantes, refugiados, explorados que sofrem tanto, tanto”, disse Francisco.

Mianmar

O Pontífice pediu uma oração especial pelos rohingya, grupo étnico expulso de Mianmar. Recordou que eles vão de um lugar a outro porque ninguém os querem.

“Não são cristãos, mas são nossos irmãos e há anos sofrem, torturados, assassinados, simplesmente por levarem avante sua tradição e a fé muçulmana. Rezemos por eles”, pediu Francisco recitando um Pai-Nosso com os fiéis.

O tráfico no Brasil

Na Audiência Geral, estava presente um grupo da Talitha Kum, a rede mundial de religiosas que combate este fenômeno. A coordenadora desta rede é a Irmã Gabriella Bottani, que adquiriu sua experiência neste campo sendo missionária no Brasil.

No país, o tráfico assume inúmeras conotações, sendo as mais conhecidas para exploração laboral e sexual. Mas o tráfico pode estar por trás da servidão doméstica, ainda muito comum em alguns Estados brasileiros. 

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