Diante de mais um ato de violência na República Democrática do Congo, Papa convida fiéis a imitar o exemplo de Jesus: bondade e fraternidade
Da Redação, com Vatican News
Que a morte do padre Richard não desencoraje o anúncio e o testemunho de bondade e fraternidade. Esse foi o desejo expresso pelo Papa Francisco na saudação ao final da catequese desta quarta-feira, 16. Francisco lamentou o assassinato do padre Richard Masivi Kasereka, em uma localidade do leste da República Democrática do Congo.
“Ao saudar os religiosos da Ordem dos Clérigos Regulares Menores, penso no seu jovem confrade, padre Richard, da República Democrática do Congo, morto no dia 2 de fevereiro, depois de ter celebrado a Missa no Dia da Vida Consagrada. Que a morte do padre Richard, vítima de uma violência injustificável e deplorável, não desencoraje os seus familiares, a sua família religiosa e a comunidade cristã daquela nação de serem anunciadores e testemunhas de bondade e de fraternidade, não obstante as dificuldades, imitando o exemplo de Jesus, o Bom Pastor.”
Religioso congolês morreu aos 34 anos de idade
Padre Richard era um religioso congolês da Ordem dos Clérigos Regulares Menores (também conhecidos como “caraciolinos” ou “Padres Adorno”). Também era pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo de Kaseghe. Ele foi morto às vésperas de completar 35 anos de idade. O sacerdote voltava para sua paróquia depois de ter celebrado a Missa no Dia Mundial da Vida Consagrada, em Kanyaboyonga, quando foi assassinato por homens armados em Vusesa, entre Kirumba e Mighobwe, no território de Lubero (Kivu Norte). Seu sepultamento foi no sábado, 5 de fevereiro.
Logo após sua morte, o bispo de Butembo-Beni, Dom Melchisédec Sikuli Paluku, divulgou uma nota onde comunicava com pesar a morte do sacerdote. Em nome da diocese, expressou as condolências às famílias religiosas e de sangue do padre Richard, bem como aos sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos de Butembo-Beni.
As províncias do leste da República Democrática do Congo, em particular o Kivu do Norte e a vizinha Ituri, vivem há décadas em estado de insegurança permanente devido à presença de vários grupos armados. Em 1º de fevereiro, uma milícia local matou 62 pessoas em um campo para deslocados internos em Ituri.